ACESSAR O MATERIAL TAGS

Favela, Participação Comunitária, Posto De Saúde

Autor(a):

Edmundo, Kátia;Souza, Cecília de Mello e;Carvalho, Maria Luiza de;Paiva, Vera Silvia Facciolla

Autor(a) USP:

Paiva, Vera Silvia Facciolla

Ano de publicação:

2007

Unidade USP:

Instituto de Psicologia [IP]

Assuntos:

áreas de pobreza; sexualidade; HIV; promoção da saúde

Palavras-chave do autor:

síndrome de imunodeficiência adquirida; prevenção e controle; sexualidade; promoção da saúde; educação em saúde; vulnerabilidade em saúde; áreas de pobreza; centros comunitários de saúde; serviços de saúde comunitária pesquisa qualitativa; brasil

Resumo:

Analisar o impacto da implementação de um programa participativo de promoção da saúde sexual em uma comunidade empobrecida, e descrever como o uso dos espaços públicos e privados para práticas sexuais constitui-se um fator que exacerba a vulnerabilidade ao HIV/Aids. MÉTODOS: Estudo etnográfico conduzido em 2002, em favela localizada no município do Rio de Janeiro. Os 6.000 moradores viviam em condições de vida deficitárias em que se verificou a ausência de políticas públicas, postos de saúde, lazer, oportunidades de emprego e segurança, o que consolida o poder de grupos criminosos. Foram abordadas as condições referentes à saúde sexual e à implantação do programa participativo de promoção da saúde sexual pelo Núcleo Comunitário de Prevenção, criado por uma organização não-governamental. Após dois meses de observação participante, foram realizadas 35 entrevistas semi-estruturadas em profundidade com moradores com idade entre 17 e 65 anos. Foram analisadas 11 histórias de vida de líderes comunitários e agentes comunitários de prevenção e sete grupos focais formados a partir dos grupos pré-existentes na comunidade. O material foi categorizado e analisado qualitativamente. RESULTADOS: A precariedade das moradias favorecia maior exposição às práticas sexuais, acentuando o estigma de ser morador de favela vivenciado pela comunidade. Com a implantação do programa do Núcleo, crianças, jovens e adultos se familiarizaram e passaram a ter conhecimento sobre revenção do HIV/Aids; e jovens e adultos passaram a ter acesso a preservativos. CONCLUSÕES: Os resultados decorrentes da intervenção mostraram que embora a vulnerabilidade permaneça, a prevenção pode ser inserida na cultura local. A prevenção da Aids pode ser fomentada por meio de uma abordagem territorial com base na participação dos moradores e no fortalecimento da organização coletiva.

ABNT:

EDMUNDO, Kátia; SOUZA, Cecília de Mello e; CARVALHO, Maria Luiza de; PAIVA, Vera Silvia Facciolla. Vulnerabilidade ao HIV em favela do Rio de Janeiro: impacto de uma intervenção territorial. Revista de Saúde Pública, São Paulo, v.41, n. supl. 2, p.127-134, 2007. DOI: 10.1590/s0034-89102007000900019.