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Autor(a):

Brosso, Rubens

Orientador(a):

Tagé, Terezinha

Ano de publicação:

2003

Unidade USP:

Escola de Comunicações e Artes [ECA]

Assuntos:

jornalismo (discursos); linguagem jornalística; política urbana; favelas

Palavras-chave do autor:

linguagem jornalística,  semiótica,  favelas,  análise do discurso,  espaço urbano

Resumo:

O objeto de estudo da presente tese é o complexo de favelas do bairro de Vila Prudente, em São Paulo. Neste contexto, constatam-se diferenças espaciais urbanas e desigualdades sociais marcantes, a ponto de serem identificadas duas cidades, a cidade formal e a cidade dos excluídos, dos sem-teto. Perante essas contradições, formula-se um questionamento sobre o desenvolvimento da pólis ao longo da história, sobre a identidade espacial, a cidadania, a visão do planejador, do morador do bairro e sobre o destino coletivo. Foi realizada uma prospecção semiótica, um levantamento de características da favela, enquanto corpo que emite signos. O excluído, habitante da favela, encontra pistas cotidianas dos significados dos espaços construídos, dos equipamentos sofisticados das malhas urbanas, desenvolvendo uma prontidão do olhar, que é despercebida pela sociedade estabelecida. Sendo assim, o signo da favela, que obteve nos últimos tempos, o estatuto de alto crescimento na mídia, pela institucionalização do tráfico de drogas, a criminal idade e o terror, indica a necessidade de uma tomada de consciência para uma remodelação da vida urbana. Embora obedeça a lei evolutiva da história, a pólis é carente de um entendimento novo, na relação comunicativa, como fundamento da vida social, na solidariedade e no saber da comunidade. No entanto, a verdadeira anunciação do novo urbanismo, surge com o sujeito cognoscente e com ele, o princípio da mudança. Um dos caminhos é a redemocratização, onde se possa estabelecer a distinção entre pura informação e conhecimento, o que abre para o jornalismo o desafio de atingir uma escrita emancipadora, pois a análise compreensiva desta presença viva de signos, plena, crescente e diversificada requer flexibilidade e até transgressão, revisões contínuas.

ABNT:

BROSSO, Rubens; TAGÉ, Terezinha. Um olhar despercebido: semiose urbana e dispositivo jornalístico : a favela como corpo emissor de signos. 2003.Universidade de São Paulo, São Paulo, 2003.