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Autor(a):

Araújo, Maria Carla de Ávila

Orientador(a):

Esposito, Marilia Pontes

Ano de publicação:

2007

Unidade USP:

Faculdade de Educação [FE]

Assuntos:

sociologia educacional; sociabilidade; jovens (aspectos sociais; vida cotidiana); adolescentes (aspectos sociais; vida cotidiana); territorialidade; políticas públicas; identidade social; estigma

Palavras-chave do autor:

estigma;identidade;juventude;poder público;sociabilidade;territorialidade;território

Resumo:

O presente trabalho de pesquisa empírica, de natureza qualitativa, investigou os modos de vida juvenis em duas microáreas de Belo Horizonte-MG, a partir de uma política pública e social da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) - o Programa BH Cidadania - baseada, dentre outros, no princípio da territorialidade, que permite ações integradas de modo a unificar os programas destinados à população considerada em situação de vulnerabilidade. A própria definição territorial proposta pelo Programa foi objeto de análise. Buscou-se, inicialmente, conhecer o universo local definido como território pela PBH e os jovens moradores. O modo como os jovens viviam nas microáreas priorizadas pelo Programa, suas dificuldades, seus desejos, suas relações com o poder público local foram os objetivos centrais deste trabalho. Para tal, foram utilizados questionários, observações e entrevistas semi-estruturadas em profundidade. Como conclusões, foi constatado que, em uma das microáreas, o território demarcado pelo Programa foi meramente administrativo e não houve a correspondência com um marco comum de experiência, demarcado por seus próprios moradores. Na outra, já havia um universo constituído de interações a partir de um estigma territorial, que coincidiu com a demarcação feita pela PBH. O Estado não aparece onde os jovens mais precisam dele, a saber, lazer e trabalho, e não constatou-se uma interação satisfatória entre o poder público e os jovens das duas microáreas. A atuação da prefeitura é pouco conhecida e valorizada. O Programa BH Cidadania, através de sua territorialidade, foi capaz de chegar até os jovens, mas não de assegurar a eles, de modo efetivo, seus direitos básicos. Ainda permanece entre eles a noção de "privilégio", por terem sido "escolhidos" pela ação do poder público municipal. Enfim, a ação pública no local tem presença empobrecida e não é suficiente para substituir as políticas estruturantes, estas sim capazes de mudar as condições dos jovens para uma melhor vivência da condição juvenil e entrada no mundo do trabalho.

ABNT:

ARAÚJO, Maria Carla de Ávila; ESPOSITO, Marilia Pontes. Territorialidade, juventudes e suas interfaces com o poder público local. 2007.Universidade de São Paulo, São Paulo, 2007. Disponível em: < http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-11062008-153304/ >.