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Autor(a):

Moraes, Teresa Cristina Lara de

Orientador(a):

Amaral, Monica Guimaraes Teixeira do

Ano de publicação:

2009

Unidade USP:

Faculdade de Educação [FE]

Assuntos:

educação em saúde; Síndrome de Imunodeficiência Adquirida; doenças sexualmente transmissíveis (prevenção e controle); população (aspectos sociais); subjetividade; identidade cultural; jovens; sexualidade

Palavras-chave do autor:

adolescência/juventude;prevenção de DST/Aids;movimento hip-hop;subjetividade;o público e o privado;camadas populares;formação do povo brasileiro;gênero e "amor romântico"

Resumo:

A epidemia do HIV/AIDS vem mobilizando nas últimas três décadas muitos pesquisadores de diversas áreas do conhecimento (medicina, psicologia, educação, sociologia, antropologia, dentre outras), visto ser um problema sério de saúde pública e a prevenção, a principal arma que a ciência lança mão para o seu combate. Nesse sentido, muita se produziu nos últimos anos visando contribuir para o aprimoramento das propostas de intervenção na área da saúde e educação, com o intuito de combater e prevenir a disseminação das doenças sexualmente transmissíveis em geral, e em especial, a AIDS, sobretudo junto à juventude. Vale observar que dentre as propostas de intervenção, algumas privilegiaram uma concepção biomédica de saúde, centrando suas preocupações na fisiologia do corpo humano e na prescrição e transmissão de conhecimentos e formas de comportamentos, cujos argumentos enfatizavam a utilização pura e simples do preservativo masculino, sem grande preocupação em trazer para o debate questões de ordem social e cultural que determinam e conduzem o desejo e as práticas afetivas e sexuais dos indivíduos. O presente trabalho tem por objetivo refletir, por meio de uma leitura psicossocial, a respeito das estratégias de intervenção que aponta o jovem como o promotor de ações de prevenção às DST/AIDS junto a seus pares da mesma faixa etária. Entender a subjetividade dessas jovens lideranças das camadas populares na sociedade contemporânea, frente a seu papel como agente de prevenção no combate às DST/AIDS e de como se percebem no exercício de sua própria sexualidade, foi uma de nossas preocupações centrais. Outra questão envolveu o questionamento sobre até que ponto o investimento na formação, preparação e instrumentalização desses jovens em relação a questões ligadas à sexualidade favorecem suas tomadas de decisões com maior segurança em suas relações afetivas e sexuais. As contribuições teóricas de Pichon-Rivière foram fundamentais para trazer aos grupos de discussão as representações individuais e coletivas acerca de temas que os agentes discutem e problematizam nas oficinas de sexualidade junto a outros jovens, possibilitando um processo de ressignificação das representações que fazem acerca de concepções fortemente enraizadas em nossa cultura envolvendo, desde as desigualdades de gênero, o amor romântico até os preconceitos e tabus em torno da sexualidade e de como têm essas concepções interiorizadas, a despeito de toda a crítica que tecem sobre as mesmas.

ABNT:

MORAES, Teresa Cristina Lara de; AMARAL, Monica Guimaraes Teixeira do. Seguindo as orientações "politicamente corretas" do desejo: o ser e o ter que.. a participação da subjetividade dos jovens no exercício de sua sexualidade e em sua atuação como agente de prevenção. 2009.Universidade de São Paulo, São Paulo, 2009. Disponível em: < http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-24092009-160645/ >.