ACESSAR O MATERIAL TAGS

Autor(a):

Galceran, Natália Benatti

Orientador(a):

Pereira, Isabel Maria Teixeira Bicudo

Ano de publicação:

2012

Unidade USP:

Faculdade de Saúde Pública [FSP]

Assuntos:

educação especial; ajustamento social; ensino (recursos humanos; métodos); apoio social

Palavras-chave do autor:

crianças com deficiência;educação especial;ensino/métodos;ensino/recursos humanos;docentes;ajustamento social;apoio social;capacitação;coleta de dados;entrevistas como assunto;análise qualitativa;análise quantitativa;instituições acadêmicas

Resumo:

O presente trabalho teve como objetivo investigar a representação social do professor em relação à inclusão escolar de crianças com deficiência e identificar quais são os valores e crenças associados a este processo. Foram entrevistados 30 professores da Escola Municipal de Ensino Infantil – EMEI Ítalo Bettarello, localizada na zona norte da cidade de São Paulo. Foi utilizada a abordagem qualiquantitativa de pesquisa e a técnica do Discurso do Sujeito Coletivo. Para a coleta e análise dos dados foram elaborados 4 cenários, no formato de breves estórias que continham uma pergunta aberta ao seu final, abordando os respectivos temas: obrigatoriedade da assistência à criança com deficiência no ensino regular; o que seria necessário para preparar o professor par trabalhar com inclusão; agressividade de crianças com deficiência; e a questão da legislação acerca da inclusão escolar. Como resultados foram obtidas categorias a partir dos discursos de cada cenário. Sobre a obrigatoriedade da inclusão escolar foram citadas as questões do preconceito e a falta de apoio ao professor neste, processo, como de maior compartilhamento entre os relatos. Quanto ao segundo tema foram pontuados primordialmente a necessidade de cursos de formação e a vivência com essas crianças. Quanto a questão da agressividade foi abordada, o tema mais freqüente foi o esforço por parte da escola em pedir que o pai da criança agredida entendesse a situação de deficiência. Por fim, o último cenário referente à legislação, aponta que é um direito da criança e que, portanto, a lei deve ser cumprida. Foi possível identificar um elevado número de ancoragens nos discursos dos entrevistados, o que sugere a hipótese de que o professor faz uso destas afirmações de alto nível de compartilhamento popular no intuito de se proteger das críticas relacionadas ao preconceito na oferta de assistência a esta população. Conclui-se que o professor não se sente preparado para trabalhar com crianças com deficiência, uma vez que os requisitos para essa preparação ideal são multifatoriais, e dependem das crenças e valores intrínsecos a cada sujeito. Sugere-se a proposta de educação permanente como forma inovadora continuada destes profissionais.

ABNT:

GALCERAN, Natália Benatti; PEREIRA, Isabel Maria Teixeira Bicudo. Representação social do professor em relação à inclusão escolar de crianças com deficiência. 2012.Universidade de São Paulo, São Paulo, 2012.