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Nível de ensino:

Pós-Graduação

Unidade USP:

Faculdade de Medicina [FM]

Área de concentração:

Terapia Ocupacional, Contextos Comunitários e Inclusão Social

Departamento:

Faculdade de Medicina

Docente(s) responsável(is):

Maria Fernanda de Silvio Nicacio, Eliane Dias de Castro, Maria Helena Morgani de Almeida

Objetivos:

• Problematizar a prática profissional do terapeuta ocupacional relacionada à participação e inclusão social de adultos e idosos com incapacidades permanentes ou temporárias e/ou em situação de vulnerabilidade que vivenciam processos de ruptura das redes sociais e de suporte; • Instrumentalizar terapeutas ocupacionais para planejar, desenvolver e avaliar intervenções comunitárias e territoriais orientadas à participação social de adultos e idosos com incapacidades permanentes ou temporárias e/ou em situação de vulnerabilidade que vivenciam processos de ruptura das redes sociais e de suporte; • Qualificar a prática dos terapeutas ocupacionais para atuação em equipes interprofissionais e em redes intra e intersetoriais na perspectiva da participação social de adultos e idosos com incapacidades permanentes ou temporárias e/ou em situação de vulnerabilidade que vivenciam processos de ruptura das redes sociais e de suporte.

Justificativa:

As estratégias para a atenção de terapia ocupacional visando à promoção da participação social de adultos e idosos com incapacidades permanentes ou temporárias e/ou em situação de vulnerabilidade que vivenciam processos de ruptura das redes sociais e de suporte são múltiplas; compõem processos complexos, pressupõem um compromisso e uma responsabilização com as necessidades destas populações. Estão relacionadas à construção dos direitos sociais, à garantia de acesso aos serviços da rede pública e a contextos comunitários e territoriais que possam se constituir como redes para o desenvolvimento do exercício de direitos, dentre os quais, o direito ao trabalho, à convivência, que implicam a produção do constante cuidado da saúde e do desenvolvimento social local. A ampliação de práticas de desinstitucionalização e de inclusão de pessoas com transtornos mentais, de pessoas com deficiência, adultos e idosos em situação de vulnerabilidade social é relevante na atualidade dos serviços de saúde, de assistência social, nos projetos educacionais, no trabalho e na vida cultural, nos quais se inserem as práticas de terapia ocupacional. Marcos jurídicos-legais e políticas de saúde e sociais específicas para esses grupos populacionais têm afirmado a garantia de direitos humanos, e propiciado a análise crítica das instituições asilares, dos processos de exclusão social e o desenvolvimento e a sustentabilidade de proposições comunitárias/territoriais inovadoras. Para responder esta complexidade torna-se necessário o estudo de temas específicos que buscam problematizar, instrumentalizar e qualificar terapeutas ocupacionais frente às diferentes demandas e ações necessárias para garantir a participação social de adultos e idosos em contextos comunitários e territoriais. As pesquisas surgidas nesses contextos certamente contribuirão para a consistência e qualificação das práticas de terapia ocupacional e para as transformações sociais.

Programa:

1. Marcos conceituais, históricos e estratégias para as práticas profissionais de desinstitucionalização e de construção de propostas comunitárias e territoriais; 2. Promoção da autonomia e independência na vida adulta, no envelhecimento e na velhice; 3. Produção da vida cotidiana: cuidar de si e de outros, habitar, conviver, construir redes sociais e de suporte, trabalhar, participar da vida comunitária, social e cultural; 4. Produção e fortalecimento de linguagens e expressões culturais e artísticas; 5. Identificação de serviços e projetos comunitários/territoriais para as pessoas com transtornos mentais, deficiências, idosas e/ou em situação de vulnerabilidade e risco social; 6. Realização de acolhimento, escuta, vínculo, responsabilização, validação, acompanhamento, apoio, convivência, mediação, fortalecimento de contratualidade social, construção/resgate de histórias de vida, mapeamento de redes sociais e de suporte, reconhecimento e ativação de recursos comunitários e territoriais nos processos de desenvolvimento e avaliação de projetos terapêuticos singulares e de projetos de intervenção; 7. Atenção e acompanhamento de adultos e idosos com incapacidades permanentes ou temporárias e/ou em situação de vulnerabilidade que vivenciam processos de ruptura das redes sociais e de suporte na vida cotidiana; 8. Atenção individual, domiciliar, familiar, dispositivos grupais, oficinas terapêuticas, oficinas de atividades e oficinas de práticas corporais; 9. Desenvolvimento de oficinas culturais e de linguagens e expressões artísticas; 10. Prescrição e adequação do uso de ajudas técnicas para a vida familiar, no trabalho e em comunidade; 11. Apoio/suporte para iniciativas de promoção de: protagonismo de usuários e familiares; acesso e exercício de direitos; redes de pertencimento e formas associativas; coletivos comunitários e lugares de convivência na comunidade; circulação pelo território; 12. Apoio/suporte para o desenvolvimento de moradias assistidas e de empreendimentos econômicos solidários e sociais; 13. Trabalho em equipe multiprofissional, em rede intra e intesetorial, e matriciamento.