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Comunidade Urbana

Autor(a):

Fabbri, Elizete Antelmi;Ribeiro, Helena

Autor(a) USP:

Ribeiro, Helena

Ano de publicação:

2007

Unidade USP:

Faculdade de Saúde Pública [FSP]

Assuntos:

saúde ambiental; guarani; renda mínima garantida

Palavras-chave do autor:

saúde ambiental; indígenas guarani-mbya; renda mínima

Resumo:

Este trabalho teve como objetivo analisar a implantação do Programa de Garantia de Renda Familiar Mínima (PGRFM) na comunidade Guarani do Morro da Saudade (distrito de Parelheiros), no Município de São Paulo. O universo da pesquisa abrangeu 67 famílias indígenas da aldeia, inseridas no PGRFM, entre 2003 e 2004. A metodologia empregada foi a qualitativa, com a utilização de várias técnicas: observação participante, avaliação de documentos oficiais e correlatos, entrevista aberta realizada a partir de roteiro norteador, que possibilitou o recolhimento de depoimentos de famílias beneficiárias e de atores profissionais de instituições municipais e estaduais. Foi adotado o princípio da triangulação para análise dos resultados. Observou-se que, apesar de estarem inseridas na sociedade de consumo, as comunidades indígenas guardam valores coletivos e sociais que se revelaram incompatíveis com as características de um programa de distribuição de renda, típico da sociedade envolvente. Sugere-se que a política de distribuição de renda, apesar de diminuir o risco de desnutrição na aldeia, pode intensificar o quadro de tensão no qual se inserem as comunidades indígenas assentadas em meio urbano, ocasionando desequilíbrios na saúde de seus membros e alterando sua relação com o meio ambiente. Conclui-se que a Lei da Renda Básica de Cidadania seria mais adequada ao mundo indígena, se adaptada e regulamentada para eles e com a sua participação.

ABNT:

FABBRI, Elizete Antelmi; RIBEIRO, Helena. Programa Renda Mínima na Aldeia Indígena Morro da Saudade em São Paulo, entre 2003 e 2004: análise de uma experiência. Saúde e Sociedade, São Paulo, v. 16, n. 2, p. 61-75, 2007. Disponível em: < http://apsp.org.br/saudesociedade/XVI_2/revista%2016.2_artigo%2004.pdf > DOI: 10.1590/s0104-12902007000200007.