ACESSAR O MATERIAL TAGS

Baixa Renda, Comunidade Urbana, Creche Comunitária, Creche Pública, Cultura Popular, Desigualdades Sociais, Economia Informal, Educação Popular, Favela, Hip Hop, Marginalidade Social, Movimentos Populares, Participação Comunitária, Periferia, Posto De Saúde, Projeto Social, São Remo, Violência Urbana, Vulnerabilidade

Autor(a):

Coelho, Rafael Julio

Orientador(a):

Scifoni, Simone

Ano de publicação:

2017

Unidade USP:

Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas [FFLCH]

Palavras-chave do autor:

produção do espaço; urbanização; área de mananciais; MTST

Resumo:

O presente trabalho trata do papel dos movimentos sociais de moradia na produção do espaço urbano a partir da ocupação Vila Nova Palestina do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), localizada no extremo sul da cidade de São Paulo, no distrito do Jardim Ângela - Subprefeitura do M’Boi Mirim, dentro da área de mananciais da represa do Guarapiranga, margem oeste. Assim, iniciamos o trabalho com um resgate histórico sobre a ocupação do terreno de 1 milhão de m², as ações do movimento na região e na Metrópole, e a luta do MTST pela aprovação da área como Zona Especial de Interesse Social (ZEIS) na lei de zoneamento urbano nº: 16.402. Também analisamos a história do movimento e a forma de organização dos sem teto. Desta forma, tornou-se necessário pensar o processo de urbanização da área de mananciais a partir da formação do parque industrial de Santo Amaro, que alterou as dinâmicas de ocupação das áreas próximas. Estas tornaram-se espaços de moradia dos trabalhadores, o que engendrou uma série de conflitos e impulsionou formas de mobilização social dos anos 70 até os dias atuais, como a própria ocupação. Logo, concluímos que a ocupação reconfigura práticas, produz novas relações de apropriação e insere-se no cotidiano da periferia a partir de suas ações de cunho político, cultural e até mesmo educacional, ações que almejam a produção de espaços para o desenvolvimento da vida dos sem teto.