Ensino e pesquisa

Resumo:

Convencionalmente a resposta à criminalidade urbana em São Paulo passa pela expansão ou pelo reforço do sistema de controle social formal, com ênfase em seu instrumento mais lesivo, o direito penal. Ocorre que essa estratégia tem se mostrado pouco eficaz do ponto de vista da contenção e da prevenção de fenômeno criminal, haja vista os assombrosos índices de criminalidade que se observa na capital paulista. O objetivo desse trabalho é justamente explorar o controle social informal como ferramenta de prevenção da criminalidade em São Paulo, que se encontra marcadamente concentrada em determinadas regiões da cidade. O substrato teórico dessa reflexão serão os aportes trazidos pela Escola de Chicago, especialmente no que diz respeito aos modelos explicativos de crescimento e segregação urbana, processos formadores de regiões da cidade que concentram os piores indicadores de qualidade de vida, incluso os criminais. Será também da Escola de Chicago a explicação dos processos internos às áreas de degradação que tornam seus moradores mais sensíveis ao envolvimento com o sistema de justiça criminal, especialmente no que tange à juventude. Por fim serão feitas comparações entre Chicago (e outras cidades estadunidenses) e São Paulo, com vistas a possibilitar a adoção em São Paulo de determinadas medidas que se mostraram úteis em Chicago na tarefa de prevenção da criminalidade, especialmente o consagrado Chicago Area Project.