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Ação Afirmativa, Baixa Renda, Comunidade Urbana, Creche Comunitária, Cultura Popular, Desigualdades Sociais, Economia Informal, Educação Popular, Habitação Popular, Literatura Marginal, Literatura Periférica, Marginalidade Social, Movimentos Populares, Participação Comunitária, Pobreza Urbana, Posto De Saúde, Projeto Social, Segregação Urbana, Violência Urbana

Autor(a):

Marinho, Caio Oliveira e 

Orientador(a):

Rizek, Cibele Saliba

Ano de publicação:

2017

Unidade USP:

Escola de Engenharia de São Carlos [EESC]

Palavras-chave do autor:

financeirização das cidades; movimentos sociais; Minha Casa Minha Vida; resistências urbanas; MTSB; Salvador (BA); desigualdade social brasileira

Resumo:

Este trabalho de graduação investiga a relação entre os movimentos sociais de luta urbana e o Programa Minha Casa Minha Vida dentro do contexto da financeirização das cidades brasileiras, de modo a entender se a ação destas organizações populares se constitui enquanto porosidades e resistências políticas, ou o contrário, se produzem apenas consenso. A metodologia aqui empregada se propõe a analisar este quadro pela ação empreendida pelo Movimento Sem Teto da Bahia (MSTB), pelo exemplo da Ocupação do Núcleo Força e Luta localizada em Salvador (BA), onde as incursões de campo foram realizadas e onde, peculiarmente, se percebe um processo de financeirização pela exploração do patrimônio histórico-cultural da cidade. Argumentasse aqui que a hipótese da neutralização da capacidade política dos movimentos sociais pela ação consensual das políticas públicas é coerente, mas ela é reducionista e carece de ponderações, pois a brutalidade da desigualdade social brasileira é um fator que densifica as condições de construção do processo de subjetivação política do povo, de modo que possibilidades de fissuras neste modelo hegemônico também são possíveis pelo horizonte dos movimentos sociais dentro do Programa Minha Casa Minha Vida. O que é mostrado, entretanto, é que estas possibilidades de fissuras não configuram uma ascensão da luta de classes nas cidades, ao contrário, demonstram os pontos de superação necessários à prática dos movimentos para que estes encampem reais resistências ao processo de financeirização das cidades, este que acirra desigualdes, segrega mais o espaço e transforma a terra urbana em ativo financeiro.