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Periferia

Autor(a):

Campos, Edemilson Antunes de

Ano de publicação:

2009

Unidade USP:

Escola de Artes Ciências e Humanidades [EACH]

Assuntos:

alcoólatras anônimos; alcoolismo; identidade

Palavras-chave do autor:

alcoólicos anônimos; alcoolismo; anonimato; identidade; ritual de passagem

Resumo:

Pretende-se contribuir para a compreensão do papel do anonimato no modelo terapêutico desenvolvido pela irmandade de Alcoólicos Anônimos (A.A.) para dar conta da "doença do alcoolismo". Realizou-se uma pesquisa bibliográfica na literatura produzida pela irmandade sobre o álcool e o alcoolismo, bem como uma pesquisa qualitativa em grupos de A.A. localizados na periferia da cidade de São Paulo - Brasil -, com realização de entrevistas e a observação de diversas atividades promovidas pelos seus membros. O modelo terapêutico de A.A. é concebido como um sistema cuja realidade simbólica é fundamental na representação do alcoolismo como uma "doença crônica e fatal" e, consequentemente, na construção da identidade de "doente alcoólico". Com efeito, o anonimato opera como um mecanismo simbólico fundamental no processo saúde-doença vivenciado dentro de A.A., ligando-se diretamente à fabricação da identidade do "doente alcoólico em recuperação" e, por essa via, à reconstrução subjetiva dos membros da irmandade.

ABNT:

CAMPOS, Edemilson Antunes de. Por que os alcoólicos são anônimos?: anonimato e identidade no tratamento do alcoolismo. Interface : Comunicação, Saúde, Educação, Botucatu, v. 13, n. ja/mar. 2009, p. 19-30, 2009. DOI: 10.1590/s1414-32832009000100003.