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Autor(a):

Sawaya, Sandra Maria

Orientador(a):

Patto, Maria Helena Souza

Ano de publicação:

1992

Unidade USP:

Instituto de Psicologia [IP]

Assuntos:

crianca (sociologia); pobreza (sociologia); linguagem (psicologia); interação interpessoal; transtornos da linguagem

Resumo:

Verifica a tese que crianças das classes pobres sao portadoras de deficiência de linguagem devido a pobreza de seu ambiente verbal, da precariedade da linguagem dos adultos e de sua relação verbal com os filhos. Realiza a pesquisa no Jardim Piratininga, na periferia de São Paulo. Forma grupos de brincadeiras com crianças de 3 a 9 anos, com um núcleo constante de 14 crianças de 8 famílias moradoras no local, com as quais conversa e visita. Os encontros acontecem 2 ou 3 vezes por semana com duração media de 3 horas, entre abril de 1990 e maio de 1991. Constata a complexidade com que as crianças se utilizam da linguagem verbal: e através dela que conquistam seu lugar no mundo dos adultos e expressam suas vivências. Através de interações verbais muito ricas, do recurso a musicas populares, folclóricas e metáforas, da narrativa dos acontecimentos no bairro e da expressão verbal de suas fantasias e temores, as crianças se constituem como porta-vozes e como memória viva e coletiva do bairro. Conclui que a questão da linguagem pela criança tida como deficiente verbal tem mais a ver com os contextos em que a relação com o interlocutor se da e passa pelas relações de poder, pela relação o dominador/dominado dos diferentes segmentos, que não dão chance a essas pessoas de expressarem aquilo de que são capazes.

ABNT:

SAWAYA, Sandra Maria; PATTO, Maria Helena Souza. Pobreza e linguagem oral: as crianças do Jardim Piratininga. 1992.Universidade de São Paulo, São Paulo, 1992.