Trabalho de evento
Perfil reprodutivo e escolaridade: estudo comparativo entre dois grupos de jovens no município de São Paulo, 2000 e 2002
Autor(a):
Borges, Ana Luiza Vilela;Pirotta, Kátia Cibelle Machado;Schor, Néia
Autor(a) USP:
Borges, Ana Luiza Vilela;Schor, Neia
Ano de publicação:
2004
Unidade USP:
Escola de Enfermagem [EE]
Nome do evento:
Encontro Nacional de Estudos Populacionais
Assuntos:
anticoncepção (estatísticas e dados numéricos); planejamento familiar; gravidez na adolescência
Resumo:
Com o objetivo de comparar as preferências reprodutivas de jovens de baixa e alta escolaridade, este trabalho foi elaborado a partir de dados provenientes de duas pesquisas distintas realizadas no Município de São Paulo. Na primeira, foram entrevistados 406 adolescentes entre 15 e 19 anos de idade, matriculados em uma unidade de saúde da família na periferia da Zona Leste do Município, em 2002. Nada menos que 26,5% ainda cursavam o ensino fundamental e 24, 6% já não mais estavam inseridos no sistema escolar. Na segunda pesquisa, foram entrevistados 925 estudantes da Universidade de São, com idade entre 17 e 24 anos, no ano de 2000. ambos estudos compreenderam amostras representativas das populações pesquisadas. Quase metade dos adolescentes da Zona Leste já tinham iniciado sua vida sexual (46,1%) com idade mediana de 15 anos, sendo que 29,9% o fizeram aos 14 anos de idade ou menos. a idade referida como ideal para o nascimento do primeiro filho foi aos 25 anos entre homens e aos 24 entre as mulheres. Grande parte (84,5%) revelou o desejo de ter dois filhos ou menos. Neste grupo, foram relatadas 42 gestações e 31 filhos. Entre os estudantes universitários, 73,0% tinham iniciado a vida sexual em mediana aos 17 e 18 anos, entre homens e mulheres respectivamente. Apenas 6,9% desses estudantes iniciaram a vida sexual com idade igual ou inferior a 14 anos. A idade considerada ideal no nascimento do primeiro filho era aos 30 anos entre os homens e 28 anos entre os anos entre as mulheres. Para 76,9% dos entrevistados, o número ideal de filhos seria igual ou inferior a dois. Foram relatadas 27 gestações e 9 filhos entre os universitários. Os resultados indicam que os universitários adiavam o início da vida sexual e o nascimento do primeiro filho, enquanto que o grupo de escolaridade mais baixa iniciou a vida sexual mais cedo e apresentou uma fecundidade maior, embora em ambos os grupos tenha sido encontrado o mesmo desejo por uma pequena família.
ABNT:
BORGES, Ana Luiza Vilela; PIROTTA, Kátia Cibelle Machado; SCHOR, Néia. Perfil reprodutivo e escolaridade: estudo comparativo entre dois grupos de jovens no município de São Paulo, 2000 e 2002. Anais.. Caxambu: ABEP, 2004.