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Baixa Renda, Comunidade Urbana, Cultura Popular, Desigualdades Sociais, Economia Informal, Economia Solidária, Educação Popular, Habitação Popular, Literatura Periférica, Marginalidade Social, Movimentos Populares, Participação Comunitária, Pobreza Urbana, Projeto Social, Segregação Urbana, Teatro Popular, Violência Urbana

Autor(a):

Spelta, Júlia Carlini 

Orientador(a):

Alves, Gloria da Anunciação

Ano de publicação:

2017

Unidade USP:

Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas [FFLCH]

Palavras-chave do autor:

produção do espaço; Programa Minha Casa Minha Vida-entidades; MTST; déficit habitacional; criminalização de movimentos sociais

Resumo:

Este trabalho de graduação concebe a questão da habitação em um momento de realização crítica do capital, tornando central desvendar pela ótica dos circuitos de valorização capitalista as relações entre capital imobiliário e financeiro atreladas às políticas de governo, e como estão implicadas na produção do espaço geográfico. A produção da habitação por meio de movimentos sociais, como relatado na pesquisa, é realizada por meio dos princípios da organização popular, mesmo que atrelada ao aparato de uma politica de Estado, sua realização crítica constitui a finalidade de interesse da pesquisa, para as principais referências analisadas. Da trajetória de um empreendimento habitacional a partir do Programa Minha Casa Minha Vida-Entidades e a entrada crítica do movimento social na esfera institucional, o Movimento dos Trabalhadores sem Teto (MTST) em parceria com a Associação Esperança de um Novo Milênio, como executora da gestão do empreendimento habitacional. Revela ainda a potência de tal configuração territorial transitória das ocupações e da militância sem teto. Enquanto tal modalidade é destinada à habitação popular, está previsto que as entidades e movimentos sociais atuem sobre o projeto e sem a intermediação direta de outras instituições do governo, ainda que submetida à decisão de executar as obras seja decisão de âmbito federal. Serão levantadas diversas críticas e sobrevalorização de conceitos como o déficit habitacional, e buscar localizar a criminalização dos movimentos sociais nesse espaço geográfico, cujo debate suscita problemáticas da reforma urbana e do direito à cidade.