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Comunidade Urbana, Desigualdades Sociais, Habitação Popular, Literatura Periférica, Pobreza Urbana, Projeto Social, Segregação Urbana, Violência Urbana

Autor(a):

Vivian, Mayara Longo 

Orientador(a):

Rodrigues, Cleide

Ano de publicação:

2015

Unidade USP:

Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas [FFLCH]

Palavras-chave do autor:

geomorfologia antropogênica; áreas de risco; criminalização da pobreza

Resumo:

Localizado na planície de inundação do Rio Tietê, o Jardim Pantanal é uma comunidade pobre e periférica da Zona Leste de São Paulo, essencialmente marcada por ocupações e auto-construções. Se trata de uma planície fluvial meândrica, com uma ampla planície de inundação (alcançando em certas áreas 4 quilômetros). Apesar das inundações periódicas que afetam esta área e da tendência de retenção de água nas morfologias ali presentes, a ocupação urbana do Jardim Pantanal aumentou nas últimas décadas, especialmente a partir de 1980. A rápida expansão urbana das áreas periféricas em São Paulo se dá muitas vezes em área irregulares e de risco, onde pessoas sem moradia, pressionadas pela especulação imobiliária, puderam encontrar um local para viver. Por outro lado, após séculos de modificações antrópicas nas bacias hidrográficas e dos impactos causados com este tipo de intervenções (barragens, canalizações, retificações, imearmibilização do solo, por exemplo), o órgão público responsável por administrar os rios em São Paulo (Departamento de Águas e Energia Elétrica de São Paulo), está construindo um Parque Linear na planície fluvial do Tietê, a fim de recuperar as funções da planície de inundação. Este projeto envolve a remoção dos moradores do Jardim Pantanal. Utilizando a perspectiva da Geomorfologia Antropogênica (RODRIGUES, 2004, 2005, 2014; MOROZ, 2010; LUZ, 2010, 2014) e da Urbanização Crítica (DAMIANI, 1999, 2000), dessa forma levando em consideração tanto elementos Físicos quanto Humanos da Geografia, esta pesquisa pretende compreender as relações entre os principais agentes sociais envolvidos nos principais projetos para essa área e as disputas entre estes agentes entre si: DAEE, Fundação Florestal, Secretaria Municipal de Habitação e a comunidade que continua vivendo no Jardim Pantanal e reivindica a urbanização da área.