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Nível de ensino:

Graduação

Unidade USP:

Escola de Artes Ciências e Humanidades [EACH]

Departamento:

Artes, Ciências e Humanidades

Docente(s) responsável(is):

Diosnio Machado Neto, ,

Objetivos:

Dar bases para o raciocínio histórico e como este pode ser feito a partir de uma história da música; - Compreender a música “como” e “na” cultura de tal forma a constituir uma visão da pluralidade das manifestações musicais - Apresentar a história da música a partir da história das ideias que permeiam a consubstanciação da prática musical, da teoria e estética da música - Desenvolver o conhecimento da historiografia consagrada pela musicologia contemporânea, assim como perscrutar novos textos publicados em revistas de divulgação científica da área. - Desenvolver a capacidade de reconhecimento das estruturas epistemológicas que consubstanciam a música como prática e teoria.

Programa:

A narração da História da Música passa por um momento de grande transformação. Originalmente vinculada à ideia da organicidade das grandes obras de arte, a História da Música sofreu um forte impacto com o desenvolvimento de uma postura que liquidava a ideia de desenvolvimento de uma razão natural da música como fenômeno, para o entendimento da música como expressão de culturas diversas. Isso abriu a própria narrativa para o encontro dos múltiplos significados e contextos de sua condição social, incluindo uma antropologia da escuta. Este curso trata de abordar uma história da música a partir de duas premissas: as suas condições de produção articuladas com estruturas epistemológicas sobre a criação. Resulta assim, numa compartimentação não temporal e, também, aberta às diversas formas de expressão. Sempre entendendo a música como uma condição de práticas culturais, esse curso potencializa uma visão que, acima de tudo, trata de dissolver a autonomia da obra de arte como condição de estatuto de valor; pulveriza as fronteiras entre o erudito, popular, folclórico; valoriza a performatividade e o extramusical como base para o processo de significação da própria música como entidade sóciocomunicacional. Por fim, discute as suas condições e discursos sobre e na diversidade humana (raça, gênero, crença) e questiona as ideologias subjacentes às estruturas de dominação (os cânones) na "coordenação" sociocultural, a partir de uma organização por temas definidores de seu uso e valor.