Trabalho de evento
Mulheres com idade igual ou superior a 50 anos: percepção e ações diante da epidemia de Aids
Autor(a):
Souza, Joyce de Oliveira;Praça, Neide de Souza (Orientador)
Autor(a) USP:
Praça, Neide de Souza
Ano de publicação:
2008
Unidade USP:
Escola de Enfermagem [EE]
Nome do evento:
Simpósio Internacional de Iniciação Científica da USP (SIICUSP)
Assuntos:
síndrome de imunodeficiência adquirida; educação em saúde; saúde da mulher; saúde do idoso
Resumo:
Objetivo: Identificar a percepção de suscetibilidade ao HIV/aids e as ações para prevenção da infecção, por mulheres com idade igual ou superior a 50 anos, moradoras em uma comunidade de baixa renda, freqüentadoras de uma unidade do Programa Saúde da Família do Município de São Paulo. Material e Métodos: Estudo descritivo, exploratório, cuja coleta e apresentação dos dados foi estruturada de acordo com os constructos do Modelo de Crenças em Saúde. O estudo foi aprovado por Comitê de Ética em Pesquisa. Os dados foram coletados por entrevistas, realizadas no domicílio. A população correspondeu a mulheres com idade igual ou superior a 50 anos, usuárias de Unidade Básica de Saúde (UBS) da região oeste do município de São Paulo, na qual se insere o Programa Saúde da Família (PSF). A amostra foi composta por 33 mulheres, que atenderam critérios de inclusão. Resultados: A maioria da amostra caracterizou-se por: 54,6% (18 mulheres) estavam na faixa etária de até 60 anos; 26 (78,7%) estudaram até a quarta série do ensino fundamental; 16 (48,4%) eram casadas; 23 (69,6%) tiveram apenas um parceiro ao longo da vida; 26 (78,7%) tinham renda mensal entre R(81,8%) e 28 (84,9%), respectivamente, referiam que o uso de preservativo deve ser observado mesmo para mulheres após laqueadura tubárea e menopausa; 33 (100%) e 21 (63,6%), respectivamente, associaram a transmissão sangüínea e o uso de drogas injetáveis à transmissão do HIV/aids; 28 (84,9%) afirmaram que não há risco de infecção ao abraçar ou beijar alguém com aids, ou usando objetos comuns; 31 (93,9%) apontaram que podem se infectar em hospitais e salões de cabeleireiros. Por outro lado, estar solteira (31 - 93,9%), estar casada (32 - 96,9%), não ter parceiro fixo (33 - 100%), e ter parceiro usuário de drogas injetáveis (31 - 93,9%) são situações que indicam a necessidade de submeter-se ao teste anti-HIV. Quanto às ações realizadas, a amostra revelou que têm dificuldade em conversar com filhos sobre aids (31 - 93,9%), embora 28 (84,9%) identificaram seu papel de orientadoras dos jovens sobre prevenção da infecção; e 25 (75,7%) vêem o preservativo apenas como anticonceptivo. Conclusões: Embora demonstrem preocupações em relação à transmissão do HIV, as mulheres da amostra carecem de maior embasamento nas informações sobre meios de infecção e de prevenção. Diante dos resultados, propõe-se a implementação de um programa de educação em saúde para essas mulheres, com abrangência sobre HIV/aids e outras DST, visto que os dados epidemiológicos mostram o crescente número de mulheres na faixa de 50 anos e mais com aids; porém, não basta orientar, são necessárias estratégias que promovam mudanças de comportamento das mulheres desse segmento, proporcionando maior facilidade para discutir temas sobre sexualidade.
ABNT:
SOUZA, Joyce de Oliveira; PRAÇA, Neide de Souza. Mulheres com idade igual ou superior a 50 anos: percepção e ações diante da epidemia de aids. Anais.. Ribeirão Preto: USP, 2008.