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Autor(a):

Santana, Paola Verri de

Orientador(a):

Carlos, Ana Fani A.

Ano de publicação:

2006

Unidade USP:

Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas [FFLCH]

Assuntos:

maracatú (aspectos sociais); danças folclóricas; geografia humana

Resumo:

O maracatu tem sido reduzido a um estilo musical e de dança proveniente do Estado de Pernambuco, uma estética do Nordeste do Brasil. Firmado no período da escravidão, tem importante participação no carnaval do Recife, e sobrevive através de suas bases na religiosidade do candomblé e na unidade familiar. Nos bairros pobres da cidade onde vive, ele luta contra a pobreza e a violência ao levar ao centro a presença simbólica de rainhas e reis negros. Isso representa uma festa social resultante de um espetáculo político oriundo de pacto entre três reinos no período colonial: o Congo, a Igreja Católica e o poder monárquico português. A longa história do maracatu mostra como a sociedade e a cidade têm vida subjugada e policiada. A prática social/espacial do maracatu oferece justificativa suficiente para uma pesquisa nesta área, no sentido de desenvolver a Geografia Urbana. Este projeto traz uma análise do espaço em sua totalidade. Aspectos mentais, físicos, sociais, políticos e econômicos são estudados. A forma espacial dominante, centro de riqueza e de poder, busca reduzir as resistências espaciais periféricas. Certas áreas são definidas para o turismo, assim o espetáculo econômico se realiza. O autoritarismo burocrático e político reproduzem as relações sociais de produção. O maracatu, visto como folclore, é apreendido como produto no espaço capitalista, mesmo sem ter parado de mover-se entre o passado e o presente.

ABNT:

SANTANA, Paola Verri de; CARLOS, Ana Fani A. Maracatu: a centralidade da periferia. 2006.Universidade de São Paulo, São Paulo, 2006.