Dissertação (Mestrado)
Mapas: entre narrativas pela dominação e dissertativas pela contestação
Autor(a):
Fernandes, Wellington de Oliveira
Orientador(a):
Almeida, Regina Araujo de
Ano de publicação:
2016
Unidade USP:
Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas [FFLCH]
Assuntos:
cartografia; pensamento crítico
Palavras-chave do autor:
cartografia crítica;cartografia crítica na escola;mapeamento participativo
Resumo:
A emergência de práticas engajadas a utilizar os mapas como instrumento de contestação, como é o caso da metodologia de mapeamento participativo, aliada a efervescência teórica em torno de fazer a crítica aos mapas, sobretudo a partir de Brian Harley, constitui a cartografia crítica. Os mapas participativos surgem como proposta para fortalecer a defesa de comunidades tradicionais em contexto de conflito territorial. Assim, uma infinidade de experiências e técnicas é desenvolvida com a proposta de contrapor representações cartográficas hegemônicas. Enquanto isso, no plano teórico, os mapas tem o caráter de documento científico neutro questionado e são situados em meio a relações de poder. Historicamente, os mapas foram e ainda são utilizados em estratégias de dominação e existem diversas situações que justificam tal afirmação. Além disso, os mapas também são instrumentos de contestação e aparecem como contraponto às distintas estratégias hegemônicas de poder. Esta pesquisa teve como objetivo discutir o caráter político desta relação e fortalecer a produção de mapas que possam ser um contraponto ao status quo. Foi realizada revisão bibliográfica para fundamentar a crítica em torno dos mapas e referendar a organização e análise do momento empírico da pesquisa que consistiu em uma experiência formativa em cartografia crítica e mapeamento participativo, realizada junto a jovens estudantes de escola pública da periferia de São Paulo. Como resultado, 09 oficinas foram desenvolvidas, sistematizadas e avaliadas, sendo passíveis de replicação em outros espaços. Fomentar novos atores para a cena cartográfica é fazer oposição a discursos cartográficos dominantes e a escola é um espaço estratégico para tal promoção.
ABNT:
FERNANDES, Wellington de Oliveira; ALMEIDA, Regina Araujo de. Mapas: entre narrativas pela dominação e dissertativas pela contestação. 2016.Universidade de São Paulo, São Paulo, 2016. Disponível em: < http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8135/tde-24022017-150348/ >.