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Ação Afirmativa

Autor(a):

Dias, Gullit Torres 

Orientador(a):

Cruz, Rita de Cassia Ariza da

Ano de publicação:

2015

Unidade USP:

Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas [FFLCH]

Palavras-chave do autor:

mobilidade urbana; transportes; planejamento; planejamento de transportes

Resumo:

O presente trabalho tem como objetivo analisar as políticas públicas de transporte ocorridas dentro da Região Metropolitana de São Paulo, considerando as três empresas de caráter estadual que gerenciam e controlam o transporte de passageiros (Companhia do Metropolitano de São Paulo, Companhia Paulista de Trens Metropolitanos e Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos) e como as mesmas influenciaram e impactaram o histórico da mobilidade na metrópole paulistana. São Paulo, de uma modesta cidade que exercia funções de entreposto comercial no século XIX, torna-se em pouco tempo, uma das principais economias urbanas nacionais, e, o planejamento, através do Estado, transforma a cidade através de diversas mudanças de seus traçados viários e perfis arquitetônicos visando uma cidade moderna e desenvolvida. O transporte se torna, por conseguinte, alvo de investimentos maciços de diversas gestões locais. Circular, mais precisamente, tornar a cidade conectada às futuras rodovias e aos portos, torna-se elemento primordial para o crescimento urbano e futuramente, metropolitano. Rasgar e ampliar as avenidas tornam-se as ações preferidas dos prefeitos da capital, ações que consagravam uma parcela recente e crescente da população motorizada da capital: os motoristas. Os transportes públicos, principalmente os de alta capacidade, mencionado em todos os planos de modernização e crescimento da capital paulista e posteriormente Região Metropolitana, passam para o segundo plano, visto a crescente demanda das indústrias automobilísticas, recém instaladas em solo nacional, que põem o carro, como elemento de status e flexibilidade nas cidades. A escolha política brasileira, mais barata e rápida de atingir os vários pontos do território, o rodoviarismo, foi outra ação estatal que ajudou os carros e aos transportes terrestres difundirem mais no Brasil, principalmente no período do Regime Militar. Durante a ditadura, começa a se pensar o transporte público como elemento integrativo das mais variadas regiões das cidades e como forma de desafogar os já saturados congestionamentos, além de ser fonte menos poluente. A mobilidade ganha novos significados e o comportamento coletivo passa a ser priorizado no trânsito, através de ações estatais que priorizem os usuários de transporte público e os pedestres. Os investimentos, apesar de significativos, não acompanharam o ritmo de crescimento populacional e a mudança de oferta e serviços nas cidades, tornando o deslocamento casa – trabalho - casa, o mais importante para a população, uma tarefa árdua e cheia de reclamações.