ACESSAR A EMENTA TAGS

Nível de ensino:

Pós-Graduação

Unidade USP:

Instituto de Estudos Brasileiros [IEB]

Área de concentração:

Estudos Brasileiros

Departamento:

Instituto de Estudos Brasileiros

Docente(s) responsável(is):

Walter Garcia da Silveira Junior

Objetivos:

Apresentar e discutir um método crítico que busca analisar e interpretar formas da canção popular-comercial brasileira. Este método crítico se filia a certa tradição de estudos da literatura brasileira, a qual inclui Antonio Candido, Roberto Schwarz e José Antonio Pasta Júnior. Em perspectiva interdisciplinar, a noção de forma se refere tanto à análise dos elementos que estruturam determinada obra quanto à interpretação dos sentidos de tal estrutura à luz do processo histórico. Assim, os materiais sonoros e literários que constituem as obras, bem como os modos como esses materiais se articulam são interpretados à luz de impasses da sociedade brasileira no período de 1939 (ano da primeira gravação da canção “A preta do acarajé”, de Dorival Caymmi) a 2014 (ano de lançamento do disco Encarnado, de Juçara Marçal).

Justificativa:

Frente à presença e à importância da canção popular-comercial na sociedade brasileira a partir da década de 1930, pesquisar as relações entre timbres, ritmos, alturas e intensidades das notas, elementos e conteúdos poéticos, informações importantes sobre o processo de criação dos discos e aspectos fundamentais das atuações dos/das artistas no mercado é contribuir para a formação crítica na área de música e, por conseguinte, para o melhor desenvolvimento social. Além disso, por sua abordagem interdisciplinar, o curso pretende oferecer instrumentos para a análise estética e para a reflexão sobre o exercício da crítica voltada a outras produções culturais.

Programa:

1. Tradição oral e vestígios coloniais no mercado incipiente da canção popular-comercial no Brasil: Dorival Caymmi. 2. Samba, malandragem e delinquência, trabalho formal e trabalho informal: Rio, Zona Norte, de Nelson Pereira dos Santos (1957). 3. A modernização à brasileira e a contradição sem conflitos da bossa (1): João Gilberto. 4. A modernização à brasileira e a contradição sem conflitos da bossa (2): Tom Jobim. 5. A consolidação do mercado fonográfico hegemônico, a utopia cordial da MPB e sua ruína: Chico Buarque. 6. A consolidação do mercado fonográfico hegemônico, vanguardas modernista/pós-modernista e impasses políticos: a Tropicália. 7. A violência da sociedade brasileira contemporânea e o revide do rap em São Paulo: Racionais MC’s. 8. A canção popular e os atuais impasses da sociedade brasileira: Juçara Marçal. 9. Seminários (1). 10. Seminários (2). 11. Seminários (3). 12. Seminários (4).