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Participação Comunitária

Autor(a):

Figueiredo, Regina;Ayres, José Ricardo de Carvalho Mesquita

Autor(a) USP:

Ayres, Jose Ricardo de Carvalho Mesquita

Ano de publicação:

2002

Unidade USP:

Faculdade de Medicina [FM]

Assuntos:

mulheres; HIV; áreas de pobreza; participação comunitária; educação em saúde

Palavras-chave do autor:

mulheres; síndrome de imunodeficiência adquirida [prevenção]; doenças sexualmente transmissíveis [prevenção]; participação comunitária; vulnerabilidade; fatores socioeconômicos; áreas de pobreza; promoção da saúde; educação em saúde; avaliação de resultado de ações preventivas; gênero

Resumo:

OBJETIVOS: Com o aumento do número de casos notificados de Aids em mulheres, as intervenções comunitárias, que são fundamentais nesse contexto, são poucas e raramente avaliadas. Assim, objetivou-se realizar um estudo-intervenção de base comunitária, buscando desenvolver e avaliar um conjunto de ações de prevenção das DST e da Aids voltadas a atingir a vulnerabilidade da população feminina de baixa renda. MÉTODOS: O estudo foi realizado na favela Monte Azul, na cidade de São Paulo, SP, no período de um ano (1998-1999). Foram desenvolvidas as seguintes ações: treinamento de profissionais de saúde do ambulatório local, disponibilidade de recursos preventivos (camisinha masculina e feminina), realização de grupos educativos, distribuição de materiais educativos e realização de programas na rádio comunitária. Para avaliar a intervenção, foram analisados dados provenientes de quatro diferentes instrumentos de investigação: pré e pós-teste sobre capacitação de profissionais de saúde para o trabalho preventivo, monitoramento de retirada de preservativos, observação participante das atividades comunitárias e registro de depoimentos espontâneos dos profissionais de saúde e população-alvo durante as atividades. RESULTADOS: Entre os achados do estudo, destacam-se o aumento da demanda pela camisinha masculina e o interesse pela camisinha feminina; diferenças relevantes relacionadas a gênero e idade e à adesão às atividades propostas; e bons resultados na sensibilização e capacitação dos profissionais de saúde, embora com limites na manutenção de seu envolvimento com as atividades preventivas. CONCLUSÕES: As estratégias que corresponderam aos códigos, às demandas e aos interesses específicos da cultura local, principalmente em relação a papéis de gênero, tiveram sucesso como ações preventivas. A sobrecarga dos profissionais de saúde do ambulatório local mostrou-se um limite importante para uma ação preventiva sustentada.

ABNT:

FIGUEIREDO, Regina; AYRES, José Ricardo de Carvalho Mesquita. Intervenção comunitária e redução da vulnerabilidade de mulheres às DST/Aids em São Paulo, SP. Revista de Saúde Pública, São Paulo, v.36, n.4, p.96-107, 2002. DOI: 10.1590/s0034-89102002000500014.