Ensino e pesquisa

Resumo:

A cárie está fortemente associada com a questão socioeconômica. Crianças de famílias com baixa renda per capita além de apresentarem menos cuidados com a saúde bucal também podem apresentar déficit de crescimento. O presente estudo teve como objetivo avaliar a influência do nível socioeconômico sobre as condições da saúde bucal e crescimento infantil em pré-escolares. A população-alvo deste estudo foram crianças de 4 a 6 anos de idade residentes no município de Borebi-SP. Durante visitas domiciliares foram realizados: exame bucal das crianças, utilizando espelho bucal e sonda periodontal (OMS 1997); avaliação socioeconômica através de um questionário, aplicado aos pais ou responsável; e tomada das medidas antropométricas (altura com auxílio de uma fita métrica graduada em milímetros e peso com uma balança digital, utilizando-se a unidade quilograma, com aproximação de 100g). Das 75 crianças examinadas, 35 (46,67%) eram do sexo feminino e 40 (53,33%) do sexo masculino; 92% (69) das crianças freqüentam programas preventivos; 50,67% (38) das crianças examinadas apresentaram-se livres de cárie sendo o ceod 1,83 para a população estudada. Não foram encontradas associações estatisticamente significantes entre o fator socioeconômico, o crescimento infantil e a ocorrência de cárie. Verificou-se correlação negativa estatisticamente significante (p<0,05) entre o índice altura/idade e ceo, denotando que quanto mais favorável for o crescimento infantil melhor será a condição de saúde bucal. É importante ressaltar que 92% das crianças participam de programas preventivos na creche e/ou EMEI e o município apresenta 100% de cobertura pelo PSF, com importantes repercussões sobre o quadro de saúde infantil.