Ensino e pesquisa

Resumo:

Estudos mais recentes sobre o desenvolvimento infantil enfatizam a importância de se examinar o contexto em que este ocorre e, em especial, o efeito da presença simultânea de múltiplos fatores de risco, tanto biológicos como ambientais. O acompanhamento de profissionais especializados por meio de orientações sobre o desenvolvimento da criança tende a reduzir o efeito dos fatores de risco, refletindo a importância da identificação desses precocemente. Objetivo: Verificar as atitudes de profissionais das áreas da saúde e educação - médicos, agentes comunitários de saúde (ACS) e professores - frente a crianças com risco para desenvolver alterações de linguagem ou que já apresentam indícios dessas alterações e quais instrumentos ou procedimentos específicos utilizam em suas práticas profissionais para a identificação dessas crianças. Métodos: Foi estabelecido contato, via e-mail, com secretarias municipais de saúde (SMS) e educação (SME) de todas as capitais brasileiras para informações sobre o estudo e parceria na divulgação entre seus funcionários. Três questionários online foram especificamente elaborados para este estudo e contemplaram questões sobre o conhecimento que os profissionais apresentam em relação às alterações de linguagem e seus fatores de risco, bem como as práticas adotadas mediante os casos de crianças que apresentem em seus históricos tais fatores. Resultados: Apenas 4 SMS e 2 SME responderam a solicitação para participação no estudo. Trinta professores, um pediatra e quatro agentes comunitários de saúde responderam os questionários. O médico pediatra considera os seguintes fatores como de risco para alterações de linguagem: prematuridade, problemas de audição, intercorrências perinatais e pouca estimulação de linguagem.