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Comunidade Urbana, Economia Informal, Favela, Literatura Marginal, Literatura Periférica, Marginalidade Social, Movimentos Populares, Participação Comunitária, Periferia, Pobreza Urbana, Posto De Saúde, Projeto Social, Segregação Urbana, Subúrbio, Várzea, Violência Urbana

Autor(a):

Leal, Daniel Nunes 

Orientador(a):

Alfredo, Anselmo

Ano de publicação:

2015

Unidade USP:

Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas [FFLCH]

Palavras-chave do autor:

Companhia Ford Industrial do Brasil; fordlândia; modernização periférica

Resumo:

O presente estudo compreende a trajetória da Companhia Ford Industrial do Brasil em solo amazônico. Para tanto, é necessário traçar as linhas gerais configuradoras de um mercado mundial como a realidade crítica da desigual realização do valor no espaço. Ou seja, de uma divisão internacional do trabalho, depreende-se, primeiramente, por que razões uma parcela privilegiada do capital estadunidense, pleiteando sua realização, buscará na Amazônia o meio possível da diminuição de seus custos de produção: isso se dá através do plano de cultivo racional do látex para a confecção de pneus. Em seguida, entende-se a modernização nacional como a feição negativa encarnada da acumulação capitalista global: Fordlândia e Belterra, as cidades de Ford, daí surgem como resultado da contradição agrário-urbana própria da periferia, como assentada na produção de relações “arcaicas” enquanto o pressuposto da reprodução de relações modernas. Por fim, este cenário construído é de um aparente conflito entre os caracteres tipicamente “não-capitalistas” – através do patrimonialismo ao qual a classe operária local estava habituada – e os “propriamente modernos”, por meio da impessoalidade e da burocracia da linha de produção. Entretanto, de tal oposição, o que se repõe como seu fundamento é a própria reprodução capitalista enquanto crise da valorização do valor, expressa na instabilidade da força de trabalho e, como colapso, na falência do projeto.