TCC
Filtração lenta em escala domiciliar como alternativa de tratamento de água para comunidades isoladas do Brasil
Autor(a):
Shigeoka, Catherine Yuriko
Orientador(a):
Paz, Lyda Patricia Sabogal
Ano de publicação:
2016
Unidade USP:
Escola de Engenharia de São Carlos [EESC]
Palavras-chave do autor:
tratamento alternativo de água; comunidades isoladas; filtração lenta
Resumo:
A dificuldade de acesso à água de boa qualidade em comunidades isoladas está relacionada principalmente à baixa utilização de métodos adequados de tratamento de água para a população. Os métodos convencionais não são propícios uma vez que são complexos e extremamente difíceis de serem implementados nessas comunidades. Por esse motivo, ao longo dos últimos anos vários estudos têm sido feitos para avaliar a eficácia de tratamentos alternativos. Um desses tratamentos é a filtração lenta em escala domiciliar (FLD), desenvolvida pelo Dr. Manz em 1990, que consiste em um filtro de areia em uma estrutura de concreto, o qual forma uma camada biológica denominada schmutzdecke que é responsável pelo tratamento principal. Neste estudo, o objetivo principal foi avaliar uma adaptação desse filtro, proposta por Magalhães e Sabogal Paz (2013), utilizando materiais mais baratos, de modo a tornar essa tecnologia realmente acessível às comunidades brasileiras. Avaliou-se, portanto, a eficiência de um filtro lento em escala domiciliar com operação contínua na remoção de turbidez, cor e Escherichia coli. Analisaram-se também outros parâmetros, tais como pH e condutividade elétrica. Adotou-se a Portaria 2914/2011 do Ministério da Saúde como referência para avaliar o desempenho da unidade. Como resultado, constatou-se que a tecnologia avaliada apresenta eficiência na remoção de turbidez e cor; porém, não na remoção de E. coli, sendo necessária a desinfecção. Isso ocorreu provavelmente devido à camada biológica, que não se desenvolveu de maneira satisfatória. Assim, é possível concluir que são precisos mais estudos de modo que o filtro atinja os requisitos estabelecidos pela legislação sobre a potabilidade da água no Brasil. Destaca-se que a pesquisa foi financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo – FAPESP (Processo nº 2014/12712-8).