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Favela, Periferia

Autor(a):

Silva, Nilza Nunes da;Pedroso, Glaura C;Puccini, Rosana F;Furlani, Wellington J

Autor(a) USP:

Silva, Nilza Nunes da

Ano de publicação:

2000

Unidade USP:

Faculdade de Saúde Pública [FSP]

Assuntos:

saúde pública; serviços de saúde infantil

Palavras-chave do autor:

serviços de saúde infantil [utilização]; eqüidade; acesso aos serviços de saúde; necessidades e demanda de serviços de saúde; sistemas locais de saúde

Resumo:

Objetivo: Identificar os grupos populacionais não alcançados pelo programa local de saúde materno-infantil, buscando caracterizar os possíveis pontos de exclusão, com vistas ao estudo de intervenções capazes de ampliar o acesso e a utilização das principais ações de saúde oferecidas pelo programa. Métodos: Estudou-se uma amostra de 465 menores de um ano residentes no Município de Embu, SP (Brasil). A análise estatística, orientada pela hipótese que esperava maior disponibilidade de planos de saúde entre as famílias que não usavam o programa local de saúde infantil, consistiu em análises de associação estratificadas que buscaram detectar heterogeneidade entre os quatro estratos de famílias e no interior deles, definidos segundo diferentes padrões de condições de vida. Resultados: Apesar de apenas 85,4 % das crianças estudadas serem matriculadas nas unidades básicas de saúde, 91,2 % eram assistidas pelas principais ações de saúde. No estrato 3, onde reside a população periférica, estão concentradas as crianças não alcançadas pelo programa. O estudo de diferenças dentro dos estratos revelou que também no estrato 3 encontra-se a possibilidade de que algumas famílias estejam usando convênios ou planos de saúde como alternativa ao programa local de saúde. Os resultados apontam ainda que a população com piores condições de vida (favelas) dispõe do sistema público do município como única alternativa para cuidar de sua saúde. Conclusões: É na população residente na periferia do do município que se concentram as crianças não assistidas pelo programa local de saúde infantil e existe maior heterogeneidade entre as famílias quanto à disponibilidade de outros recursos para os cuidados de saúde de suas crianças.

ABNT:

SILVA, Nilza Nunes da; PEDROSO, Glaura C; PUCCINI, Rosana F; FURLANI, Wellington J. Desigualdades sociais e uso de serviços de saúde: evidências de análise estratificada. Revista de Saúde Pública, São Paulo, v. 34, n. 1, p. 44-49, 2000. DOI: 10.1590/s0034-89102000000100009.