Trabalho de evento
Consumo alimentar e ingestão de ferro de gestantes e mulheres em idade fértil atendidas em uma unidade básica de saúde
Autor(a):
Sato, Ana Paula Sayuri;Szarfarc, Sophia Cornbluth;Bonadio, Isabel Cristina;Tsunechiro, Maria Alice;Sato, João Ricardo;Fujimori, Elizabeth (Orientador)
Autor(a) USP:
Szarfarc, Sophia Cornbluth;Bonadio, Isabel Cristina;Tsunechiro, Maria Alice;Fujimori, Elizabeth
Ano de publicação:
2008
Unidade USP:
Faculdade de Saúde Pública [FSP]
Nome do evento:
Simpósio Internacional de Iniciação Científica da USP (SIICUSP)
Assuntos:
alimentação; gravidez; saúde da mulher
Resumo:
INTRODUÇÃO: Mulheres saudáveis são capazes de lidar com a alta demanda de ferro no período gestacional sem se tornarem anêmicas, mas para isso devem iniciar a gravidez com reservas adequadas de ferro. O Programa de Fortificação das Farinhas com Ferro, implantado no Brasil em junho de 2004, mostra a preocupação do governo e sua vontade política em minimizar a anemia dentre os problemas de saúde pública, mas como será o consumo de alimentos fortificados e fontes naturais de ferro de gestantes e mulheres em idade fértil? OBJETIVO: Avaliar a ingestão de ferro de gestantes e mulheres em idade fértil e identificar o consumo de alimentos fortificados, bem como fontes naturais de ferro e estimuladores ou inibidores de sua absorção. MÉTODOS: O estudo, aprovado por Comitê de Ética, foi desenvolvido em uma unidade básica de saúde do município de São Paulo. A amostra incluiu 30 gestantes (G) com 20 semanas ou mais de gestação e 31 mulheres em idade fértil (ñG), todas com idade ³20 anos. O consumo alimentar foi avaliado com QFCA (questionário de freqüência de consumo alimentar) e a ingestão de ferro a partir de recordatório de 24h. Virtual Nutri, EpiInfo e SPSS foram usados para análise, bem como os testes t-student e qui-quadrado, com nível de significância de 5%. RESULTADOS: As principais fontes naturais de ferro foram feijão e folhas verdes. Alimentos fortificados também tiveram participação importante. Ambos os grupos consumiam os mesmo alimentos, porém verificou-se maior participação de frutas cítricas e leite/derivados na dieta das gestantes, enquanto as não-gestantes ingeriam mais café. Observou-se inadequação do consumo de ferro, folato e cálcio nos dois grupos. As mulheres não-gestantes conseguiram atender a demanda de ferro com a fortificação das farinhas, porém as gestantes não. CONCLUSÃO: Tais resultados sugerem que o Programa de Fortificação das Farinhas constitui um avanço no controle da deficiência de ferro, contudo parece não ser suficiente para atender a demanda do mineral na gestação, o que reforça a necessidade de estratégias combinadas: fortificação dos alimentos, suplementação medicamentosa e educação nutricional. Ressalta-se, a importância de se realizar orientações alimentares na assistência à mulher em geral, com vistas à prevenção das deficiências nutricionais, em especial a de ferro, de forma a minimizar os riscos dela decorrentes.
ABNT:
SATO, Ana Paula Sayuri; SZARFARC, Sophia Cornbluth; BONADIO, Isabel Cristina; et al. Consumo alimentar e ingestão de ferro de gestantes e mulheres em idade fértil atendidas em uma unidade básica de saúde. Anais.. Ribeirão Preto: USP, 2008.