Ensino e pesquisa

Resumo:

Na análise longitudinal (n=362.864), a prevalência de déficit de estatura reduziu 51,4%, passando de 17,5% para 8,5%. Já o excesso de peso reduziu 41,5%, saindo de 16,4% para 9,6%. Conclusões/Considerações: O acompanhamento de saúde das crianças é uma importante estratégia do PBF na garantia do direito à saúde pela população em situação de vulnerabilidade social. O estudo mostrou redução na desnutrição crônica e no excesso de peso entre as crianças acompanhadas sistematicamente pelas equipes de atenção básica do SUS. O PBF contribui para melhoria da saúde dos seus beneficiários e promove a inclusão das famílias em serviços básicos de saúdeApresentação/introdução: A desnutrição é um dos principais fatores de risco ao pleno desenvolvimento físico, psicomotor e cognitivo infantil. Já o excesso de peso na infância é fator de risco para desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis na vida adulta. No Brasil, a população em situação de vulnerabilidade social convive com a dupla face da insegurança alimentar e nutricional: desnutrição e excesso de peso. Objetivos: Avaliar a tendência temporal do estado nutricional em crianças menores de cinco anos beneficiárias do Programa Bolsa Família acompanhadas pelas equipes de atenção básica do Sistema Único de Saúde (SUS). Metodologia: Realizou-se integração das bases de dados do Cadastro Único para Programas Sociais, da Folha de Pagamentos do PBF e do Sisvan Web. Participaram do estudo crianças de até 5 anos beneficiárias com pelo menos um registro de peso ou estatura no Sisvan Web de 2008 a 2012. Estudaram-se de 1.901.370 crianças em 2008 a 2.365.276 em 2012. Em estudo transversal, calcularam-se as médias de peso e estatura em 2008 e 2012 de crianças de 24 e de 60 meses, o déficit de Estatura para Idade e o excesso de peso pelo Índice de Massa Corporal (IMC) para Idade. Em análise longitudinal, avaliou-se o déficit de estatura e o excesso de peso em crianças de 0 a 59 meses em 2008 acompanhadas ano a ano até 2012. Resultados: No período de 2008 a 2012, houve aumento na estatura média das crianças de 60 meses de 0,80cm entre os meninos e 0,70cm entre as meninas. Na análise transversal, a prevalência de déficit de estatura reduziu de 17,0% para 15,4% nas crianças de 0 a 23 meses e de 14,2% para 12,2% nas crianças de 0 a 59 meses; a prevalência de excesso de peso passou de 16,6% para 16,8% e de 12,5% para 13,1% nas crianças de 0 a 23 e de 0 a 59 meses, respectivamente.