Ensino e pesquisa

Resumo:

Introdução: Dados epidemiológicos têm demonstrado a magnitude do HIV/Aids em jovens no Município de São Paulo (MSP). Objetivos: Diagnosticar o perfil sóciodemográfico e clínico de jovens com HIV/Aids. Metodologia: Foram realizados 32 entrevistas semi-estruturadas, com a anuência dos sujeitos e assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, com jovens entre 18 e 24 anos de idade, que frequentavam 6 Centros de Referência em DST/Aids em diversas regiões do MSP. Resultados: 71,9% eram casos de aids, 46,9% e 50% corresponderam aos sexos feminino e masculino, respectivamente, idade média de 22,16 anos, 65,5% solteiros, 59,4% estudaram apenas 8 anos, 59,4% eram desempregados, 15,6% estudantes, 46,9% vivam na periferia e 90,6% infectaram-se por via sexual. A média de terapia antiretroviral (TAVR) foi de 18 meses e de aids 8,67 anos. A TARV consistiu no uso de Zidovudina 32,1%, Lamivudina 30,4% e Neofinavir 12,5%. Conclusão: Conclui-se que o dado perfil de morbidade por aids nesta população, o papel dos equipamentos de saúde, para a garantia da assistência e da aderência à TARV é importantíssimo. A educação em saúde e a prevenção às DST/Aids são atividades fundamentais, que devem ser adequadas a realidade destes jovens, pertencentes a parcelas excluídas da população, buscando sanar necessidades de saúde, visto que 90,6% adquiriram aids através de relações sexuais. O acesso dos jovens ao equipamentos de saúde deve ser garantido, como forma de assegurar seu direito à saúde e às medidas preventivas para o HIV/Aids que incluem o acesso aos insumos de prevenção, entre eles, o preservativo masculino e a troca de seringas e agulhas, visando a redução de danos pelo uso compartilhado de drogas injetáveis. O sintoma mais referido foi dor de cabeça, seguido por dor de estômago, perda de peso e febre.