Ensino e pesquisa

Resumo:

Introdução: Desde o início da epidemia da aids no Brasil a população jovem e em idade produtiva tem sido atingida ocasionando muitas mortes prematuras. Objetivo: Descrever a distribuição do APVP por aids entre as mulheres no estado de São Paulo segundo variáveis de CV. Métodos: Os dados foram capturados junto ao Programa de DST/AIDS do estado de São Paulo com atualização até março 2007. Identificou-se 1166 casos de mulheres que vieram a óbito, com faixa etária de 15 a 69 anos de idade, no período de 1º/01/2000 a 31/12/2000. Calcularam-se os APVP e a taxa de APVP por Departamento Regional de Saúde (DRS) do estado. Os indicadores de CV utilizados foram o Índice Paulista de Responsabilidade Social (IPRS) e o Índice Paulista de Vulnerabilidade Social (IPVP), elaborados pela Fundação SEADE. O ano de 2000 foi selecionado por ser tratar do último ano censitário de referência para a elaboração dos indicadores de CV. Resultados: Referente aos anos de estudos concluídos, o DRS de Registro apresentou maior TAPVP (9,22/100 mil) e a segunda menor média de anos de estudos concluídos (6,14 anos). Já o DRS de São João da Boa Vista apresentou 2,35/100 mil de TAPVP e média de 6,64 anos de estudos concluídos. Com relação ao IPRS, o DRS de Campinas apresentou TAPVP de 2,14/100 mil e municípios classificados entre os melhores indicadores de desenvolvimento humano. O DRS de Registro, com pior TAPVP, apresentou maior percentual de seus municípios com baixas CV. Os DRS de Campinas,Registro e Barretos seguem aparentemente um padrão com relação ao IPVS, ou seja, municípios com melhores indicadores socioeconômicos e ciclo de vida familiar apresentam também menores taxas de APVP. Conclusão: Os indicadores de CV não possibilitam uma análise ampliada sobre aspectos específicos da aids, o que sugere a necessidade de agregar novos indicadores à análise, por exemplo, relacionados à esfera sexual e reprodutiva, às condições de acesso à prevenção, tratamento e diagnóstico precoce.