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Favela

Autor(a):

Belintane, Claudemir

Ano de publicação:

2011

Unidade USP:

Faculdade de Educação [FE]

Assuntos:

ORALIDADE;ALFABETIZAÇÃO;LEITURA;ESCRITA;INCONSCIENTE (FATOR DE PERSONALIDADE);SUBJETIVIDADE

Palavras-chave do autor:

Alfabetização; Escrita; Inconsciente; Leitura; Oralidade; Subjetividade

Resumo:

Partindo de uma concepção teórica construída entre a Linguística, a Análise do Discurso e a Psicanálise e, ainda, tendo como universo discursivo e de atuação o campo do ensino, esta tese apresenta uma proposta de abordagem da relação oralidade-escrita para o período de alfabetização, mais precisamente, busca uma articulação entre a Educação Infantil e o Ensino Fundamental. Usando a metáfora de uma dobradiça articulatória entre os dois períodos e, ao mesmo tempo, a metáfora da faixa de Moëbius para considerar a relação oralidade-escrita, a reflexão avança em três tópicos complementares. (1) No primeiro capítulo, procura-se articular um conceito de oralidade especialmente para o ensino, concebendo-a como uma modalidade distinta da fala cotidiana, mas com ela moëbianamente implicada, a partir da qual se põe em relevo o papel da função poética e da literatura na alfabetização, considerando, sobretudo, a possibilidade produtiva do conceito, que aqui se nomeia como \"subjetividade de entre-texto\", durante o período de entrada da criança na escrita. Para se apurar esse conceito de oralidade, que em si já implica uma dinâmica linguageira de escrita, estende a reflexão teórica, incorporando elementos importantes da história da escrita e da leitura. (2) No segundo capítulo, faz-se uma incursão no campo aplicado a partir de análises de vários documentos (avaliações do INEP, SARESP e PROVA DA CIDADE 2009; Guia do PNLD de 2010, 2011, 2012 e de três manuais didáticos) elabora-se uma crítica do modo como os intelectuais dos governos assimilam as teorias (concepção de língua, de letramento, de gêneros) e as transpõem para as redes públicas brasileiras. (3) No terceiro capítulo, apresenta-se uma reflexão a partir de várias experiências: uma pesquisa de dois anos de duração dentro de uma escola pública paulistana; uma convivência de três anos com uma comunidade de estudantes considerada em níveis não adequados de alfabetização - crianças e jovens provenientes de favelas da zona oeste de São Paulo; uma pesquisa em rede ainda em andamento. Procura-se mostrar o resultado dessas intervenções de ensino, cujos projetos foram elaborados a partir da concepção desenvolvida no capítulo I, que põe em relevo o papel dos gêneros de origem oral e da literatura durante o período de alfabetização. Por fim, a conclusão reforça a importância de se privilegiar a oralidade e a função poética em vez de assumir a concepção pragmática de cidadania vista no capítulo II.

ABNT:

BELINTANE, Claudemir.A oralidade faz escrita na(s) infância(s): pesquisas e reflexões sobre a relação oralidade-escrita nos anos iniciais de escolarização. 2011.Universidade de São Paulo, São Paulo, 2011. Disponível em: < http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/livredocencia/48/tde-12042017-145225/ >.