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Autor(a):

Bechara, Suely Fernandes

Orientador(a):

Kulikowski, Maria Zulma Moriondo

Ano de publicação:

2005

Unidade USP:

Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas [FFLCH]

Assuntos:

tango; identidade linguística; cultura popular

Resumo:

Grande parte das letras de tango das décadas de 20 e 30 do século XX tem como tema central as relações entre o homem e a mulher da periferia de Buenos Aires - ambiente que se mostra sobremaneira hostil no tocante ao sujeito feminino. Tais letras apresentam, como característica lingüística, formas coloquiais da fala popular, em especial o lunfardo. Esses textos assimilaram verdadeiros estereótipos, como el compadrito, representante do masculino e la bacana, do feminino. Com o tempo, essas personagens se incorporaram aos imaginários culturais e concorreram para a legitimação de mitos sobre o que se deve entender como o masculino e o feminino. Razão de o presente trabalho investigar o processo de representação da mulher nas letras de tango de 20 e 30 e a construção de uma identidade elaborada sob o ponto de vista masculino. Paralelamente, examina como se delineiam as identidades do rival, do próprio narrador e dos ambientes em que vivem, e como essa oposição espacial, que compreende outras, de origem econômica, social, lingüística e cultural, constitui uma verdadeira arena de luta entre classes. Fundamentando-se em estudos de relevância histórica e sociocultural, verifica em que medida as letras de tango reproduzem valores da sociedade argentina do início do século XX e, ainda, de que maneira contribuem para a reafirmação desses valores no imaginário popular. O recorte do corpus privilegiou letras de tango de tom amoroso, com a temática do abandono e outros.

ABNT:

BECHARA, Suely Fernandes; KULIKOWSKI, Maria Zulma Moriondo. A construção de identidades nas letras de tango. 2005.Universidade de São Paulo, São Paulo, 2005.