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Segregação Urbana

Autor(a):

Graciani, Leonardo 

Orientador(a):

Alves, Gloria da Anunciação

Ano de publicação:

2017

Unidade USP:

Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas [FFLCH]

Palavras-chave do autor:

mobilidade urbana; cidades universitárias; urbanização; transporte coletivo

Resumo:

Este trabalho foi elaborado buscando o entendimento e as possibilidades do sistema de transporte na Cidade Universitária Armando Salles de Oliveira em reflexo a cidade de São Paulo na sua atual crise. Através de abordagens históricas, políticas, sociais e econômicas da formação da metrópole paulista em paralelo a USP e seu principal campus, usando a dialética da forma, função, estrutura e processo, buscaremos compreender a evolução da totalidade social espacializada. Pelo estudo da infraestrutura urbana obtivemos a forma. A função se realizou com o entendimento da análise dos dados obtidos. Fundamental no parecer da crise do transporte urbano, o sistema econômico e sua influência nas políticas públicas, a análise pela estrutura. E finalmente o processo histórico, base de toda a pesquisa. Procuramos compreender além, com o uso de referências e entrevistas, a crise no transporte nos recortes espaciais “São Paulo” e consequentemente “Cidade Universitária Armando Salles de Oliveira”. Passada primeira abordagem histórica relacionado à formação da cidade de São Paulo e a formação da USP, o desenvolvimento da pesquisa aponta a metamorfose da mobilidade urbana relacionada às transformações do capitalismo no cenário da Região Metropolitana de São Paulo a partir da segunda metade do século XX, e como as políticas públicas foram focadas basicamente no transporte individual até a crise que atinge igualmente a Cidade Universitária nos tempos mais recentes. A CUASO, objeto tido como a parte do resto da metrópole devido seu isolamento, possui um sistema de transporte interligado ao do município paulista e logo, correspondente aos problemas do mesmo, como superlotação e falta de ônibus, congestionamentos nos horários de pico entre demais, e ausência de alternativas como ciclovias ou até mesmo uma estação de metrô dentro de um campus que foi construído notadamente para ser acessado por transporte individual. A pesquisa condicionou a inferir tais problemas e possibilitou levantar novas alternativas através do estudo dos recortes, levando em consideração o processo de reorganização do capital pela sua dinâmica de circulação, a ponto que as mudanças do recorte secundário (São Paulo) influenciaria o recorte primário (CUASO). De uma maneira geral, as melhorias implicariam no reparo e ampliação do sistema de transporte urbano por meio de medidas que já estão sendo adotadas de maneira ainda tímida, como as faixas de ônibus e a implantação de ciclovias e outras que envolvem diretamente o cenário político-econômico, como o desestimulo e a troca do transporte individual pelo público, o que implicaria em impactos significativos na economia.