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Autor(a):

Barros, Luzia Helena dos Santos

Orientador(a):

Pellegrino, Paulo Renato Mesquita ;Bitencourt, Marisa Dantas (Co-orientador)

Ano de publicação:

2011

Unidade USP:

Faculdade de Arquitetura e Urbanismo [FAU]

Assuntos:

reabilitação de áreas degradadas; aterros; parques; paisagem urbana

Palavras-chave do autor:

áreas contaminadas;aterros desativados;parques urbanos;recuperação ambiental

Resumo:

O processo de industrialização e urbanização brasileiro está caracterizado por uma dinâmica de abandono (degradação) e reuso de áreas, que podem apresentar histórico de atividades com potencial de contaminação dos solos e águas superficiais e subterrâneas, concentrados em centros industriais, dentre os quais desponta o município de São Paulo. A disposição de resíduos sólidos urbanos está entre as atividades que contribuem para o surgimento de áreas contaminadas e apresenta algumas especificidades para a sua recuperação. O objetivo desta pesquisa compreende a identificação e avaliação da adequação técnica, ambiental e paisagística dos processos de conversão de aterros desativados, existentes no município de São Paulo, em parques urbanos. O trabalho aborda as origens dessas áreas, passando pelas fases de sua implantação e desativação, os processos envolvidos na sua efetiva requalificação como parques, dentro de suas respectivas inserções urbanas, assim como a avaliação de suas condições atuais, quanto à contaminação, ao potencial de conectividade na paisagem e aos projetos paisagísticos e planos de gestão propostos. A pesquisa trata de dois estudos de caso: o antigo aterro Raposo Tavares, situado na Subprefeitura do Butantã, zona oeste, atual Parque Raposo Tavares e o antigo aterro Jacuí, situado na Subprefeitura de São Miguel Paulista, zona leste, hoje em processo de requalificação como o Parque Jardim Primavera. O estudo dos conceitos e das classificações dos sistemas de gestão de áreas contaminadas e de áreas verdes permitiu a proposição dos termos área contaminada requalificada e parque aterro. A análise espacial da paisagem dos parques-aterros, através do modelo de tomada de decisão por multicritérios (Multi Criteria Evaluation - MCE), deu origem aos mapas de potencial de conectividade, em dois diferentes cenários: mais otimista e mais conservador. Os resultados mostraram que a conexão da paisagem está mais favorecida junto ao Raposo Tavares. Observou-se, também, que as condições ambientais e a distância de influência dos critérios selecionados na avaliação são determinantes para a definição das zonas de amortecimento urbanas dos parques. Os estudos de caso representam duas épocas distintas do desenvolvimento tecnológico para a requalificação dessas áreas. O projeto paisagístico do parque aterro Raposo Tavares não contemplou aspectos importantes para evitar problemas relacionados à sua gênese. Ao contrário, o projeto do parque-aterro Jardim Primavera incorporou os quesitos técnicos e ambientais atuais e incluiu a participação da comunidade. A particularidade da gênese dos parques-aterros e suas restrições orientaram as diretrizes propostas para os seus planos de gestão, especialmente quanto à revegetação e definição das suas zonas de amortecimento. Dessa forma, conclui-se que a implantação de parques-aterros deve ser encarada com precaução, em razão dos possíveis riscos à saúde dos trabalhadores da obra como dos seus futuros usuários e à flora e fauna locais.

ABNT:

BARROS, Luzia Helena dos Santos; PELLEGRINO, Paulo Renato Mesquita; BITENCOURT, Marisa Dantas. >Requalificação dos aterros desativados (brownfields) no Município de São Paulo: parques (greenfields) Raposo Tavares e Jardim Primavera. 2011.Universidade de São Paulo, São Paulo, 2011. Disponível em: < http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16135/tde-31052012-103256/pt-br.php >.