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Autor(a):

Burgos, Rosalina

Orientador(a):

Ribeiro, Wagner Costa

Ano de publicação:

2003

Unidade USP:

Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas [FFLCH]

Assuntos:

parques; espaço urbano; geografia urbana

Resumo:

Neste trabalho objetivamos analisar o processo de criação, os usos e significados de alguns parques públicos urbanos da metrópole paulistana. Para tanto, encontramos a segregação espacial e a dialética do público-privado como categorias de análise a partir das quais buscamos analisar e compreender os parques públicos na produção do espaço urbano. Estabelecemos critérios para selecionar alguns parques para estudos de caso: origem das terras (incorporadas à municipalidade no processo de abertura de loteamento); entorno do parque (caracterizado pela segregação espacial); relação do parque com o entorno (parques destinados preferencialmente à população local); zona do município de São Paulo (ao menos um parque para cada zona). Com base nestes critérios selecionamos os seguintes parques: Parque Burle Marx (no Panamby), Parque Santo Dias (no Capão Redondo), Parque Santa Amélia (no Itaim Paulista), Parque Luís Carlos Prestes (no Butantã) e Parque Jardim Felicidade (em Pirituba). Ainda que tenhamos encontrado aspectos em comum entre os parques estudados, os quais revelam os conteúdos universais do processo de urbanização, pudemos encontrar particularidades e especificidades em cada caso, segundo a diferenciação sócio-espacial dos lugares onde estão inseridos, bem como pelas distintas formas de apropriação destes espaços pelos respectivos públicos que os usam. Os parques urbanos estudados nesta pesquisa caracterizam-se por serem públicos e segregados. Assim, revelam os conflitos e contradições do modo de produção capitalista da cidade, os quais podem ser observados no processo de segregação espacial implicando na apropriação diferencial da cidade para a reprodução da vida. Neste contexto, a realização do sentido público destes espaços encontra-se em permanente ) conflito com o domínio do privado, seja em função dos interesses privados envolvidos em seu processo de criação e formas de apropriação, seja na redefinição dos usos e significados do espaço público no processo de urbanização e metropolização de São Paulo.

ABNT:

BURGOS, Rosalina; RIBEIRO, Wagner Costa. Parques públicos urbanos na metrópole paulistana: concepção e uso na produção do espaço urbano. 2003.Universidade de São Paulo, São Paulo, 2003.