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Autor(a):

Freire, Ana Paula Vieira

Orientador(a):

Tomazzoni, Edegar Luís

Ano de publicação:

2017

Unidade USP:

Escola de Artes Ciências e Humanidades [EACH]

Assuntos:

mudança social; mulheres; políticas públicas; participação; economia solidária

Palavras-chave do autor:

economia solidária;movimento social;mulheres;participação política;políticas públicas

Resumo:

Considerando que buscamos construir uma sociedade justa e democrática para todos, é perturbador verificar as desigualdades em relação a salário, empregos e à participação política das mulheres no Brasil. Identificamos a formação de grupos e empreendimentos solidários formados quase que exclusivamente por mulheres no estado de São Paulo, justamente nas camadas de baixa renda. O objetivo desta pesquisa é investigar as condições de vida de mulheres que trabalham em grupos de economia solidária formados majoritariamente por mulheres, partindo de duas hipóteses: se a economia solidária pode ser considerada uma forma de obter autonomia, cidadania e participação para estas mulheres, ou se a economia solidária é apenas uma forma de trabalho informal para sobrevivência. Utilizamos entrevistas semiestruturadas com integrantes de cinco grupos de economia solidária do estado de São Paulo, prioritariamente de áreas urbanas, e duas entrevistadas que fazem parte de instituições de apoio à economia solidária. Utilizamos também a observação direta de atividades dos grupos. A ideia é entender como essas mulheres conseguiram alterar algumas práticas hegemônicas e mudar seu cotidiano (CERTEAU, 1990). Buscamos contextualizar a relação dessas mulheres com o mercado de trabalho, a discriminação de gênero e as diversas formas de funcionamento da economia solidária, assim com algumas políticas públicas relacionadas ao tema, como a criação da Secretaria Nacional de Economia Solidária e da Secretaria de Políticas Públicas para Mulheres. A pesquisa busca identificar o que mudou na vida dessas mulheres após o início do trabalho com economia solidária, o significado de economia solidária para elas, e se a economia solidária pode ser uma alternativa positiva para a maior autonomia da mulher. Identificamos que a economia solidária tem grande potencial de trazer autonomia para mulheres, assim como a ocupação de espaços de participação política e reivindicações de direitos em movimentos sociais, principalmente em grupos formados pela maioria de mulheres.

ABNT:

FREIRE, Ana Paula Vieira; TOMAZZONI, Edegar Luís. Mulheres na economia solidária: resistência cotidiana por uma nova cidadania 2017.Universidade de São Paulo, São Paulo, 2017. Disponível em: < http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/100/100134/tde-13112017-182410/ >.