Dissertação (Mestrado)
Mortalidade de adolescentes e jovens adultos na região metropolitana de São Paulo, no período de 2000 a 2006
Autor(a):
Almeida, Aparecido Batista de
Orientador(a):
Pereira, Júlio César Rodrigues
Ano de publicação:
2009
Unidade USP:
Faculdade de Saúde Pública [FSP]
Assuntos:
mortalidade; adolescentes; jovens; grupos étnicos; desigualdades sociais; política social
Palavras-chave do autor:
a espera de política públicas;desigualdade social;raça/cor;vulnerabilidade
Resumo:
Introdução: Embora o IBGE mostre que a esperança de vida tenha crescido 32,4% entre 1960 a 2006, a violência aumentou muito a sobremortalidade masculina no Estado de São Paulo. No município de São Paulo, no período de 1960 a 1995, o coeficiente de homicídios para adolescentes, do sexo masculino, na faixa de 15- 19 anos, passou de 9,6 para 186,7 por 100 mil habitantes. Avaliação mais recente, cobrindo o período de 1960 a 1999, mostra que cerca de 50% das mortes causadas por homicídios estavam concentradas nas faixas etárias abaixo de 30 anos, predominantemente em pessoas do sexo masculino, de baixa escolaridade e negros. Os negros estão sobre-representados nas camadas pobres, de baixa escolaridade, no trabalho infantil, no trabalho informal, nos empregos domésticos. O objetivo: desse estudo é verificar se há associação entre causa básica de óbito e raça/cor entre adolescentes e jovens adultos, na Região Metropolitana de São Paulo, no período de 2000 a 2006. Metodologia: Os dados são coletados do Sistema de Informação de Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde e o período de estudo compreenderá os anos de 2000 a 2006. A análise foi conduzida por análise de resíduos em tabela de contingências e análise de correspondência para as categorias de raça/cor branca, preta, parda e outras. Resultados: Foram analisados 68.242 óbitos distribuídos pelas causas básicas e raça/cor, sendo a categoria branca com 57,49% (39.231 casos), categoria preta com 8,43% (5.754 casos), categoria parda com 33,47% (22.841 casos) e a categoria outras com 0,61% (416 casos). Na categoria raça/cor outras estão incluso a raça/cor amarelo e a raça/cor indígena. A análise de correspondência das variações causa de óbito por raça/cor reúne informações importantes e relevantes, não aparente na análise de resíduos que examina relações par a par. Pretos e pardos são distintos, e devem permanecer separados mesmo que dividam um perfil semelhante de óbito, as causas externas que tem discrepância na intensidade com que os afeta . Já brancos e outros poderiam ser agrupados. Conclusões: As políticas públicas nessa área precisam ser articuladas entre intersecretarias (Secretaria de Estado da Educação, Secretaria de Estado da Saúde, Secretaria de Emprego e Relações do Trabalho, Secretaria de Estado da Cultura, Secretaria de Esporte, Lazer e Turismo e Secretaria de Segurança Pública) e com a participação dos diversos segmentos da população. Buscando não só as ações afirmativas, mas buscando uma solução dos homicídios nessa faixa etária. Voltadas principalmente para atenção aos adolescentes e jovens adultos em situação de vulnerabilidade, onde nesse caso encontram-se os adolescentes e jovens adultos pardos e adolescentes e jovens adultos pretos, pois a morte violenta é coisa dos negros.
ABNT:
ALMEIDA, Aparecido Batista de; PEREIRA, Júlio César Rodrigues. Mortalidade de adolescentes e jovens adultos na região metropolitana de São Paulo, no período de 2000 a 2006. 2009.Universidade de São Paulo, São Paulo, 2009. Disponível em: < http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6137/tde-09042009-103551/ >.