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Autor(a):

Paschoal, José Antonio Armani

Orientador(a):

Sichieri, Eduvaldo Paulo

Ano de publicação:

2008

Unidade USP:

Escola de Engenharia de São Carlos [EESC]

Assuntos:

edificações; ambientes urbanos; aglomerações urbanas; geoprocessamento; hanseníase

Palavras-chave do autor:

aglomerado;ambiente ocupado;edificação;geoprocessamento;hanseníase;tecido urbano

Resumo:

A cidade de São José do Rio Preto com a intensidade de transformação tem-se identificado modificações no meio ambiente e na ocupação demográfica urbana. Muitas têm sido as maneiras de interferência nas condições habitacionais e na saúde pública. Por meio das constantes migrações, originaram-se superpopulações nas periferias da cidade que, em formas desordenadas de habitabilidade, seja por excesso de construções no interior do mesmo lote, ou por invasões de áreas públicas constituindo-se favelas e aglomerados em situação de muita precariedade, forçadas pelo baixo poder aquisitivo. Com decorrer do tempo, os bairros têm sido urbanizados pelo município, porém, com grandes densidades demográficas. O objetivo deste trabalho foi pesquisar os fatores intervenientes da proliferação da hanseníase em relação ao ambiente construído e habitado pelas famílias dos pacientes, identificados por meio do banco de dados do projeto Hansen/FAMERP/CNPq e o retrospecto das suas migrações dos doentes dos últimos dez anos. Estudo descritivo, ecológico onde se aplicou a técnica do geoprocessamento para a localização espaço-tempo de doentes e identificar os aglomerados sendo considerado a concentração de 5 ou mais doentes de hanseníase, tendo como caso-índice, o que apresentou a forma clínica multibacilar (MB) e mais antigo do aglomerado, reconhecido pela data do tratamento. Da residência do caso-índice, foi adotado um raio de abrangência de 300 m. A coleta de dados foi realizada por meio de visita domiciliar com a adoção de um chek list para se analisar as conformidades com o código sanitário do Estado de São Paulo. Buscou-se identificar o número de comunicantes por 'M POT.2' dentro da mesma habitação, participação em centros comunitários ou ambientes de trabalho de longa permanência, a migração, endereços de moradias anteriores nos estados, cidades e bairros, onde os pacientes fixaram residência. A pesquisa demonstrou que as populações mais atingidas pela doença são aquelas consideradas como C e D pelos critérios de valorização do terreno e imóvel em que habitavam, na cidade de São José do Rio Preto, SP; que muitas famílias têm o número de membros aumentados, ou se desdobram em outras, na mesma residência, ou construindo outra de forma contígua, criando os aglomerados familiares dentro de um único terreno; ficou demonstrada pelo teste empregado a tendência de aglomerados de portadores de hanseníase no município; que a maioria das edificações desrespeitavam o código de obras e sanitário; a ausência de profissional ligado à construção civil, assim como o respaldo construtivo aos aspectos de segurança e saúde; que a iluminação, ventilação, insolação, aberturas de caixilhos encontravam-se fora das dimensões mínimas exigidas nos ambientes considerados de longa permanência, assim como suas posições em relação ao sol; que os casos-índices eram residentes da cidade de São José do Rio Preto (autógenos); que os índices urbanísticos, de uma forma geral, foram afetados invadindo-se áreas livres, com características quase semelhantes às das favelas; que a forma de apossar-se do tecido urbano pode ser um dos fatores que tem contribuído para a transmissão; que a continuidade da observação e acompanhamento, dos aglomerados pode facilitar o diagnóstico precoce ou inibir a ocorrência de novos casos.

ABNT:

PASCHOAL, José Antonio Armani; SICHIERI, Eduvaldo Paulo. Estudo do tecido urbano, da edificação e do habitat do paciente de hanseníase de São José do Rio Preto-SP. 2008.Universidade de São Paulo, São Carlos, 2008. Disponível em: < http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/18/18141/tde-02092008-142518/ >.