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Cultura Popular

Autor(a):

Cacuro, Roberto;

Orientador(a):

Spinola, Aracy Witt de Pinho

Ano de publicação:

2004

Unidade USP:

Faculdade de Saúde Pública [FSP]

Assuntos:

adolescentes; promoção da saúde; saúde mental

Resumo:

Com o suporte de uma prática de trabalho na clínica psicanalítica, e no campo com adolescentes em situação de vulnerabilidade social, refletimos em torno da possibilidade da utilização de um novo paradigma "existencial" nos programas de promoção da saúde no que respeita a prevenção ao uso e abuso de substâncias psicoativas. Esse nome provém das bases teóricas que o conformam - a Psicanálise e a Fenomenologia, elaboradas no cenário onde qualquer teorização ganha sentido: a dimensão Ética das ações humanas. Essa caracterização designa também seu conteúdo, que concerne justamente o projeto existencial de indivíduos em seus aspectos manifestos seu comportamento visível mensurável, e não manifestos invisíveis, sua intenção. Através da noção de "programa existencial", desenhamos aspectos de um "lugar" para o qual acreditamos - nós, agentes dispostos a intermediar a passagem de adolescentes para uma vida adulta saudável, devam ser encaminhados a ocupar a sociedade, em sua família, em sua individualidade. Isto nos levou à reflexão acerca do processo saúde-doença e de seu significado na perspectiva da educação para a saúde aplicada a adolescentes: o inaugurar de um processo de automatização. Compreendimento em termos filosóficos e psicanalíticos, o sentido que conferimos a esse processo configura-se na escolha consciente de um caminho em sua vida que se realiza através de uma certa disciplina livremente seguida, uma atitude que paulatinamente torna o indivíduo consciente de seus determinantes inconscientes, de seus condicionamentos - os quais, agora na forma de escolhas, ele se dispões a infirmar ou confirmar. No caminho de tornar-se, esse seria, na melhor das hipóteses, o marco referencial para a promoção de sua saúde.

ABNT:

CACURO, Roberto; SPINOLA, Aracy Witt de Pinho. A construção de um paradigma existencial para a promoção da saúde junto a adolescentes no que respeita ao uso e abuso de substâncias psicoativas. 2004.Universidade de São Paulo, São Paulo, 2004.