ACESSAR A EMENTA TAGS

Nível de ensino:

Pós-Graduação

Unidade USP:

Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas [FFLCH]

Área de concentração:

Humanidades, Direitos e Outras Legitimidades

Departamento:

Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas

Docente(s) responsável(is):

Luis Guilherme Galeão da Silva, Sérgio Bairon Blanco Sant'Anna, Zilda Marcia Gricoli Iokoi

Objetivos:

Discutir a desigualdade do registro e da difusão da memória social como índice da opressão. Essa desigualdade está inscrita em relações comunicacionais interpessoais, institucionais e de ocupação do espaço urbano. Deste modo, iremos investigar as condições para o diálogo com diferentes atores e atrizes sociais atingidos pela opressão nos seus territórios, ou seja, nos seus termos e lugares sociais. Faremos também a crítica ao conhecimento acadêmico quando este se alia a interesses social opressores. Investigaremos os meios e obstáculos para a amplificação e registro das narrativas das memórias de oprimidos e oprimidas. Trabalharemos com as formas encontradas por grupos organizados para elaboração de experiências sociais de insurgência, resistência e criatividade.

Justificativa:

Consideramos necessária a discussão crítica sobre a memória e a elaboração de experiências sociais de insurgência, resistência e criatividade no espaço urbano reservado aos oprimidos por discriminações sociais de raça/etnia, gênero, orientação sexual e classe social. As formas de registro e apagamento da memória são diretamente proporcionais à visibilidade e invisibilidade social de seus protagonistas.

Programa:

Memória, Silêncio e Ação Psicossocial. Iniciativas Latino Americanas para lidar com a violência de estado por meio do direito à memória e à verdade. A superação do silenciamento por dispositivos públicos e políticos de situações sociais de opressão. - Reconhecimento Recíproco e Luta por Direitos e Memória. O reconhecimento recíproco é uma das condições psicossociais e políticas para o respeito à dignidade humana, bem como as produções de narrativas de experiências e lutas por direitos. - Crítica Social e Direitos Humanos. A luta por direitos é uma importante pauta política. Os grupos sociais oprimidos não têm os seus direitos garantidos e reconhecidos (à vida, aos direitos políticos e sociais como a moradia, renda, sexualidade, gênero e dignidade). Os direitos são um instrumento que precisa ser analisado a partir da crítica social (ou seja, da crítica à desigualdade). São instrumentos de resistência utilizados na luta popular contra a desigualdade. Ao mesmo tempo, são instrumentos de manutenção do status quo. É impossível em uma sociedade desigual haverem direitos efetivamente universais e equânimes. Mesmo assim, vemos movimentos sociais questionarem o reconhecimento precário ou a invisibilidade social por meio da crítica social aos direitos e a falta da sua efetividade. Esse questionamento atinge também a desigualdade da distribuição de recursos materiais e status social.